DOENÇA PERIODONTAL

DOENÇA PERIODONTAL

0 que é periodonto?

É o conjunto de tecidos que está ao redor do dente e que é responsável pela sua fixação: gengiva, osso alveolar e fibras que ligam raiz ao osso.

0 que é Doença Periodontal (DP)? É a mesma coisa que gengivite?

É o comprometimento dos tecidos periodontais pelo processo inflamatório, que leva à reabsorção do osso que está ao redor das raízes dos dentes, enquanto que, na gengivite, não há alteração óssea, pois a inflamação só atinge a gengiva.

Como posso saber se já tenho a DP?

0 sinal mais característico é o sangramento, mas devemos estar atentos também para: alterações na posição dos dentes, mobilidade, retrações gengivais, retenções de alimento, inchaço etc.

Ao perceber sangramento durante o uso do fio dental, devo suspender esse procedimento de limpeza?

Não, desde que esteja passando o fio corretamente. 0 sangramento denota a presença de bactérias nessa região e, dessa forma, é conveniente continuar com o uso do fio na tentativa de removê-las.

Existem medicamentos indicados para o tratamento?

Não é possível o tratamento desta doença somente com medicamentos, sejam estes locais ou sistêmicos. A placa bacteriana aderida ao dente tem que ser removida mecanicamente.

Qual a causa da DP?

A placa bacteriana aderida ao dente é a única causa, porém algumas alterações na gengiva podem estar associadas a causas hormonais, uso de alguns medicamentos, queda de resistência etc.

Como o tratamento é realizado pelo cirurgião-dentista?

É feito com a remoção da placa bacteriana aderida através de raspagem e alisamento das raízes dos dentes. Quando os instrumentos de raspagem não atingem toda área da raiz comprometida, as cirurgias são indicadas; para facilitar o acesso.

Uma vez tratada a doença, os tecidos recuperam-se integralmente?

Não, sempre ficam seqüelas, com exceção das gengivites. A doença periodontal deixa como seqüelas alterações estéticas como: deslocamento na posição do dente, retração gengival com conseqüente aumento no comprimento do dente etc. Existem procedimentos cirúrgicos e protéticos que podem miminizar esses defeitos.

De quando em quando devemos fazer os retornos para a manutenção após o tratamento?

As visitas para manutenção devem assegurar a estabilidade da condição de saúde alcançada com o tratamento e, assim, evitar tanto a o progressão da doença como a sua recidiva. Nos casos mais avançados, recomenda-se uma periodicidade de 3/3 meses e de 4/6 meses para a maioria das pessoas.

É possível prevenir essa doença?

A sua prevenção pode ser feita unicamente removendo a placa bacteriana através de limpeza bucal doméstica com fio dental e escova, mais limpezas periódicas feitas pelo dentista. Prevenção: Limpeza bucal doméstica + Limpeza profissional de 6/6 meses.

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Fonte: APCD

ORIENTANDO GESTANTES

A gestante pode receber tratamento odontológico?

Sem dúvida. Em qualquer idade gestacional, ela poderá ser atendida, embora o segundo trimestre seja o momento mais oportuno, porque, nessa fase ela se encontra num período de maior estabilidade.

Existem riscos quanto à anestesia local?

Não existe desde que o dentista conheça o efeito dos anestésicos e as alterações que ocorrem durante a gravidez. As gestantes podem apresentar uma elevação da pressão arterial e isso deve ser levado em conta. 0 dentista, juntamente com o ginecologista, deverá escolher o anestésico apropriado.

A gestante pode ser radiografada pelo dentista?

Pode. No primeiro trimestre (período da embriogênese), as radiografias devem ser evitadas. No caso de tomadas radiográficas serem imprescindíveis, o avental de chumbo deverá ser utilizado em qualquer fase gestacional.

Dizem que, na gravidez, os dentes “estragam” com mais facilidade. Isso é verdade?

Não. A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cárie e nem pela perda de minerais dos dentes da mãe para formar as estruturas calcificadas do bebê. 0 aumento da atividade cariogênica está relacionado com alterações da dieta e presença de placa bacteriana pela limpeza inadequada dos dentes.

E quanto à gengiva? Ela se inflama com mais facilidade?

A gravidez também não causa inflamação na gengiva. Apesar de haver uma maior vascularização do periodonto, a gravidez só afeta áreas inflamadas e, não, a gengiva sadia. É a presença da placa bacteriana que causa a gengivite.

Existem cuidados especiais para a higiene bucal?

Os cuidados são os mesmos de uma mulher não grávida: limpeza diária dos dentes com uso adequado da escova e fio/fita dental. A qualidade dessa limpeza é mais importante do que a freqüência. Se houver algum ponto da gengiva com sangramento, essa região deverá ser limpa melhor. Se após 3 dias a gengiva continuar sangrando, a gestante deve procurar a ajuda de um dentista.

E o flúor? A gestante deve tomar visando à dentição do bebê?

0 fato de a gestante tomar flúor durante a gestação não significa que o bebê terá menos cárie. Ele é mais importante depois da erupção dos dentes, que se inicia mais ou menos aos 6 meses de idade. A amamentação é Importante para os dentes do bebê? A amamentação natural durante o grimeiro ano de vida é fundamental para a prevenção de muitas das más oclusões. Além da importância afétiva e nutricional, o exercício muscular durante a sucção no seio favorece a respiração nasal e previne grande e parte dos problemas de posicionamento incorreto dos dentes e das estruturas faciais.

E então, o que deve a gestante fazer para que o bebê tenha bons dentes?

Antes de tudo, ela própria precisa ter saúde. 0 nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Os pais, particularmente a mãe determinam muito o comportamento que os filhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais como, por exemplo, hábitos de limpeza bucal e de alimentação equilibrada. Uma boa alimentação significa também evitar a freqüência de produtos açucarados. 0 açúcar natural dos alimentos é suficiente para a saúde da gestante e o desenvolvimento do bebê.

Após o nascimento, quando devo levar a criança pela primeira vez ao dentista?

A primeira visita ao odontopediatra deve acontecer por volta da erupção dos primeiros dentinhos de leite, ocasião em que os pais receberão orientações a respeito das causas e da transmissão da cárie, da alimentação, da limpeza dos dentes do bebê e do uso adequado do flúor. A educação em saúde assegura a chance de a criança crescer sem problemas bucais.

Fonte: APCD.

EFEITOS DE MEDICAMENTOS

Existe algum medicamento que deve ser evitado antes da gravidez? Qual o período de segurança?

A prescrição de medicamentos a mulheres em idade reprodutiva deve ser cautelosa, pois é freqüente o diagnóstico de gravidez no transcorrer do primeiro trimestre, o período mais crítico do desenvolvimento fetal. Portanto, as drogas cujos efeitos são conhecidos poderão ser ingeridas, mas algumas deverão sofrer restrições quanto à sua utilização. Quanto às drogas novas, deve haver cautela em seu uso. 0 médico ou o dentista deve ser consultado, pois existem medicamentos que permanecem no organismo por longos períodos, o que torna a sua ingestão perigosa nos períodos próximos à gravidez.

Qual o período da gravidez em que o feto está mais vulnerável à ação prejudicial de manchamento causado por medicamentos ingeridos pela mãe?

Os medicamentos são responsáveis por 2% a 3% dos casos de malformação em bebês, e podem provocar a morte do feto nos primeiros dias de gestação. Os maiores riscos ocorrem nos três primeiros meses e nos três últimos meses de gestação.

Quais os medicamentos que, ingeridos na gravidez, prejudicam o feto?

Nenhum medicamento deveria, a rigor, ser ingerido durante a gravidez, e mesmo aqueles indicados devem ser utilizados somente nos casos de real necessidade, tendo em vista que a maioria das substâncias utilizadas com finalidade terapêutica passam da mãe para o feto.

Na obrigatoriedade de tomá-los, quais seriam os efeitos colaterais?

Até aproximadamente 15 dias após a fecundação, a atuação da droga pode determinar a morte do feto. Após esse período, os medicamentos provocam inalformações; isso ocorre até aproximadamente 60 dias após a fecundação. A partir daí, no período de crescimento e no final da gravidez, as manifestações podem ser de deficiência funcional.

0 que pode ser ingerido na gravidez para favorecer a formação dos dentes da criança?

Seguramente os compostos polivitamínicos e o flúor (se usado corretamente), além, evidentemente, de uma boa alimentação. A prescrição desses medicamentos deve ser realizada pelo médico ou pelo dentista.

Quais os medicamentos que, ingeridos pela mãe após o parto, podem “passar” para o recém-nascido, via amamentação, e alterar de alguma maneira a formação dental?

Praticamente todos os medicamentos ingeridos pela mãe no período pós-parto podem passar para o recém- nascido. Durante a amamentação, a ingestão de medicamentos deve ser acompanhada pelo médico responsável, para que não ocorram manifestações tóxicas que comprometam o desenvolvimento intelectual, social ou funcional da criança. No aspecto funcional incluímos o órgão dental, que pode apresentar alterações morfológicas e estéticas devido ao uso de alguns medicamentos.

Na primeira infância (de 0 a 5 anos), quais as precauções que devem ser tomadas antes da ingestão de remédios?

Nessa faixa etária as crianças não podem ser consideradas um adulto em miniatura. 0 funcionamento do organismo das crianças é diferente do dos pacientes adultos. Os medicamentos utilizados devem ter preferencialmente poucos efeitos colaterais. Os pais, antes de medicar seus filhos, devem sempre consultar o médico ou o dentista.

Os antibióticos mancham ou enfraquecem os dentes?

Geralmente, não. Somente o grupo químico das tetraciclinas, pois esses medicamentos dificultam a formação do esmalte (porção brilhante e esbranquiçada) e da dentina (porção situada abaixo do esmalte) quando o dente está em formação, provocando alterações na estrutura e na cor dos mesmos. As tetraciclinas devem ser evitadas durante a gestação e na infância. Por essa razão, os pais não devem administrar antibióticos aos seus filhos antes de consultar o médico ou o dentista.

Como saber se a alteração dental (manchas, por exemplo) foi causada pelo remédio?

Somente o dentista poderá, eventualmente, identificar o agente responsável pela alteração da cor do dente. Para tanto, o profissional realizará um criterioso exame clínico, pesquisará os acontecimentos que antecederam a alteração e que ocorreram durante a formação do dente.

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Fonte: APCD

Orientações sugeridas pelo Dr. Paschoal Laércio Armonia – Professor Associado da FOUSP, Disciplina de Clínica Integrada; Professor Titular de Fisiologia e Farmacologia da UNIP, UNISA, UNICASTELO e UNICSUL e pela Dra. Marcia Cristina Tirelli, Mestre pela FOUSP em Clínica Integrada. REVISTA DA APCD V. 53, Nº 3, MAI./JUN. 1999

ENXERTO ÓSSEO

Quando extraímos um dente não perdemos somente o dente, perdemos tambem osso alveolar e gengiva essa perda de osso alveolar ocorre junto com outros fatores como: tempo (idade), próteses mal adaptadas, problemas periodontais, problemas sistemicos (diabetes, osteoporose, etc).

Essa ausência óssea, às vezes, contra-indica a colocação de um implante dentário, pois para se colocar impante precisamos de osso tanto em altura (comprimento do implante), como em espessura (largura do implante). Motivo pelo qual necessitamos de uma tomografia computadorizada, para avaliarmos essa quantidade de osso.

Quando o osso não é suficiente para a colocação do implante é realizado o enxerto ósseo no local. Pode ser feito com osso retirado de outra parte do corpo do próprio paciente (mandibula, ilíaco ou calota craniana), pode ser usado osso bovino ou sintético, existe a possibilidade de ser usado o banco de ossos (a exemplo do banco de sangue).

O enxerto ósseo é uma cirugia que exige muito cuidado, pois é mais delicada que a cirurgia de implante. Não pode haver pressão, trauma ou algum descuido na região operada, devendo-se seguir todas as recomendações do cirurgião. Neste tipo de cirurgia, hematomas e inchaços são mais comuns, mas também não provocam dor, apenas desconforto. Com este tipo de procedimento será possível obter um ganho ósseo suficiente para a colocação dos implantes e, posteriormente, permitir a confecção das próteses. É considerada uma cirurgia delicada que exige cuidado

Em média, após o enxerto ósseo, espera-se 3 a 4 meses para a colocação do implante. Em alguns casos pode-se colocar o implante junto com o enxerto ósseo no mesmo ato operatório.

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Fonte: APCD

FACETAS LAMINADAS

O que é faceta (laminado de porcelana)? 0 laminado é uma restauração que envolve apenas a face vestibular (frontal) dos dentes. Esse tipo de restauração pode ser executada com resina composta (diretamente na boca do cliente), com resina elaborada laboratorialmente ou, ainda, com porcelana, que traz as vantagens estéticas e de estabilidade de cor, também executadas no laboratório, ou seja, fora da boca.

Em que situação é recomendada?

A faceta Iaminada geralmente é recomenda da por motivos estéticos, tais como dentes escurecidos ou excessivamente restaurados na face frontal; além disso, pode corrigir o aspecto anatômico de dentes malforrnados.

É uma novidade na Odontologia?

Sim. Ainda são poucos os dentistas que fazem esse tipo de trabalho.

Qual a vantagem desse tratamento?

A vantagem primordial consiste na preservação de estrutura dental sadia. Com essa técnica, desgastam-se menos os dentes.

Substitui a coroa de jaqueta?

Com certeza, nos casos onde é apenas necessário restaurar a face (vestibular) dos dentes, não estando as outras faces comprometidas por cáries ou restaurações, a ponto de justificar o desgaste para a colocação de jaqueta ou coroa metalocerâmica.

É resistente?

Os processos atuais e os materiais de confecção empregados hoje em dia, bem como a evolução dos métodos de colagem, tomaram as facetas laminadas um tratamento bastante confiável.

Destaca-se facilmente?

Não, desde que se providencie boa colagem e boa silanização (processo que possibilita adesão da resina cimentante com a superfície interna da faceta de porcelana).

A cor se mantém?

Como as porcelanas têm boa estabilidade de cor, as facetas confeccionadas com esse material não sofrem alteração.

Precisa de controles e manutenção periódicos?

Como qualquer tipo de restauração, as facetas laminadas exigem reavaliação constante; contudo, a manutenção consiste apenas na higienização das superfícies dentais e, em especial, da junção dente-restauração.

Enquanto é feita, os dentes ficam desprotegidos?

Durante a fase de confecção da faceta laminada no laboratório, o dentista deve colar uma faceta de resina provisória com adesão limitada a uma pequena área, para facilitar a remoção na consulta final.

0 custo é alto?

0 custo é comparável ao de uma coroa metalocerâmica ou coroa totalmente cerâmica.

Qual a durabilidade?

A durabilidade está associada ao sucesso da colagem, tanto na superfície cerâmica quanto no dente, pois a porcelana, uma vez colada, torna-se extremamente resistente.

HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA

O que é hipersensibilidade (hiperestesia) dentinária?

É a dor que ocorre, geralmente na região do colo do dente, próxima à gengiva, provocada pela escovação, ingestão de alimentos frios, doces, frutas cítricas etc. A dor cessa assim que o estímulo é removido, é de curta duração, tendendo a desaparecer com a mesma rapidez com que se inicia. Assim, a hipersensibilidade nunca começa espontaneamente como acontece comumente com outras causas de dor nos dentes. Entretanto, a distinção entre hipersensibilidade e dor de dente deve ser feita pelo dentista.

A hipersensibilidade significa que a polpa dental (o “nervo” do dente) está doente?

Não, já que a dor é decorrente de mudanças de pressão dentro do dente, provocadas pela variação da temperatura ou por outros estímulos na superfície. Não tem relação com alterações patológicas da polpa dental.

Então, por que o dente dói?

Em condições normais, a coroa do dente (a parte exposta na cavidade bucal) é recoberta pelo esmalte, estrutura resistente às pressões e ao desgaste decorrentes da mastigação. Essa estrutura é praticamente impermeável e definitivamente insensível aos estímulos. As raízes são recobertas por outro tipo de estrutura, denominada cemento. Com o passar do tempo, esmalte e cemento sofrem degradações que expõem a dentina, estrutura também dura e resistente e que abriga a polpa dental. Dessas estruturas, somente a dentina apresenta sensibilidade. A dentina é bastante permeável, constituída de milhões de canais microscópicos que, em teoria, ligam a polpa com meio externo quando o esmalte ou o cemento são desgastados. Sem o cemento e o esmalte, a dentina fica sem proteção e sujeita às agressões do meio externo.

Qual a relação da hipersensibilidade dentinária com as lesões cervicais não cariosas?

A hipersensibilidade dentinária ocorre mais comumente na região cervical do dente (colo), onde o esmalte e o cemento são degradados com maior freqüência, expondo a dentina. Quando essa exposição dentinária não é provocada por processo de cárie dental, a área exposta é considerada uma lesão cervical não cariosa (Figura 2). A prevalência dessas lesões é alta, e pode-se antecipar que, em algum momento da vida, qualquer indivíduo poderá ter, pelo menos, um dente com lesão cervical não cariosa.

Quais as causas mais comuns de lesões cervicais não cariosas?

Essas lesões são resultado de uma interação de fatores, em que os mais importantes são a oclusão (contato entre os dentes antagonistas), a alimentação rica em ácidos (frutas cítricas e refrigerantes em excesso, por exemplo) e a escovação dental. A oclusão promove a fadiga das estruturas dentárias na região do colo, as substâncias ácidas causam a dissolução do esmalte e a escovação remove mecanicamente o esmalte enfraquecido ou dissolvido. Fatores sistêmicos também podem contribuir para a degradação das estruturas dentárias, tais como refluxo gastroesofágico, bulimia, hipertireoidismo e qualquer outra doença que reduza o fluxo salivar.

Como tratar a hipersensibilidade dentinária?

O dentista deve empregar os recursos dessensibilizadores (o que pode incluir a restauração das lesões e ajustes oclusais) para reduzir o desconforto imediato da dor e, complementarmente, eliminar as causas da exposição dentinária para impedir a recorrência da hiperestesia.

Artigo original retirado da Revista da APCD Livre para cópia e reprodução.

Orientações Sugeridas por: José Carlos Pereira
Professor Associado do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo

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Fonte: APCD

FONOAUDIOLOGIA E A ORTODONTIA

O que é a fonoaudiologia?

É uma especialidade que trata de problemas relacionados à comunicação. Dentre estes problemas estão a fala, a escrita, a voz, a gagueira, a deglutição atípica, a respiração bucal, síndromes, deficiências mentais, mal de Parkinson, e dificuldades de comunicação em geral.

Quais os problemas mais freqüentes e como percebê-los?

Problemas vocais:

Caso você observe alterações na voz, além de 15 dias, associados à sintomas como:

– Dor ao falar
– Queimação
– Rouquidão
– Aperto na garganta
– Esforço e cansaço vocal

Procure um fonoaudiólogo ou um otorrinolaringologista, pois estas sensações podem ser causadas por nódulos nas pregas vocais, pólipos, câncer, necessitando de terapia.

Deglutição atípica:

Este é um problema que é causado por um pressionamento excessivo da língua sobre os dentes durante a fala, deglutição de alimentos e em repouso. Os sintomas típicos desta manifestação são:

– Alterações na fala (falar assobiando ou cuspindo)
– Mudança na posição dos dentes
– Flacidez na musculatura da língua
– Esta manifestação é muito freqüente em pacientes com problemas ortodônticos.

Preste atenção nos seus filhos:

Eles têm dificuldade de pronúncia? Trocam letras como “R” pelo “L” como o personagem Cebolinha das revistas em quadrinhos? Isto pode ser muito sério, podendo inclusive dificultar o processo da alfabetização deles.

Você nota os lábios ressecados e flácidos, dificuldades em respirar pelo nariz, voz anasalada, gengivas inflamadas, cansaço e indisposição freqüentes no desenvolvimento de atividades físicas e intelectuais? Este é um problema que a área de fonoaudiologia pode ajudar a melhorar!!!

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Fonte: APCD

Artigo elaborado por: Dra. Roberta G. Bueno Fonoaudióloga da Clínica Dente de Leite, NAP – Odonto Professora do Curso de Ortodontia da ABENO

FLÚOR

0 flúor faz mal à saúde?

Não. 0 flúor é benéfico, pois reduz a cárie dentária, um grande problema de saúde que afeta mais de 95 % da população. Porém, deve ser ingerido na dosagem correta, para haver a prevenção sem efeitos colaterais.

De que maneira o flúor fortalece o dente?

Ele deve estar presente na saliva e, conseqüentemente, banhando os dentes, interferindo nos microrganismos produtores da cárie e alterando os cristais do esmalte, tornando-os mais resistentes ao ataque da cárie.

Quais as formas se usar o flúor?

0 flúor pode ser ingerido através da água de abastecimento público e do sal de cozinha e pode ser adicionado ao leite (geralmente em programas alimentares em escola) sob a forma de comprimidos ou gotas. Essas formas são chamadas de “sistêmicas”, porque têm um metabolismo próprio no corpo humano. 0 flúor pode ser usado localmente nos dentes dução por meio de cremes dentais (pastas de dente), bochechos, aplicações tópicas realizadas por dentistas ou auxiliares ou, ainda, por vernizes fluoretados.

Deve-se tomar flúor na gravidez para benefício da criança?

Não se deve tomar flúor na gravidez, pois se a mãe recebe normalmente o flúor sistêmico, através da água, por exemplo, uma pequena parte do flúor chega até o feto. Por outro lado, se a gestante não receber flúor sistêmico e começar a tomá-lo na gravidez, serão necessários cerca de 6 meses para haver embebição e saturação do flúor no corpo da mãe, para depois chegar ao filho. Se somarmos esses 6 meses com 2 meses, aproximadamente, para o diagnóstico da gravidez, o tempo útil fica reduzido.

A aplicação tópica periódica de flúor em crianças funciona? E nos adultos?

A aplicação periódica de flúor em crianças funciona, reduzindo o risco de cárie. A frequencia maior, em geral, é mais benéfica. Já a aplicação tópica em adultos reduz a incidência de cárie, embora com resultados mais modestos do que em crianças. Deve-se lembrar que a interrupção do uso do flúor pode aumentar ligeiramente o aparecimento de novas cáries.

Quando se deve fazer a primeira aplicação de flúor na criança?

A primeira aplicação de flúor deve ser feita o mais precocemente possível, isto é, após o nascimento dos dentes de leite.

0 flúor interfere na doença gengival?

Não. Somente de forma indireta, pela redução da cárie.

Nas cidades onde existe fluoretação de água, há problema em usar pasta ou bochecho com flúor?

Não há problema em usar pasta ou bochechos com flúor em cidades com fluoretação das águas, desde que não ocorra ingestão da pasta ou da solução do bochecho.

Faz mal à criança engolir pasta com flúor?

Não é recomendável. Se ocorrer a ingestão sistemática (sempre que escovar os dentes) por muitos anos, esta poderá causar a fluorose dentária. 0 volume de pasta a ser colocado na escova deve ser limitado a 0,5 cm, ou menos, em função da idade da criança. A ingestão ocasional não traz maiores problemas.

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Fonte: APCD

EDUCAÇÃO ODONTOLÓGICA INFANTIL

O que é “Educação Odontológica Infantil”?

A educação e a motivação odontológica são ferramentas extremamente importantes, pois são capazes de desenvolver uma consciência, em uma população, das reais causas dos seus problemas e despertar o interesse pela manutenção da saúde. A educação odontológica infantil visa mudar o comportamento das crianças pré-escolares (3 a 6 anos) e do ensino fundamental quanto aos problemas de saúde bucal, minimizando, assim, o número de ocorrências futuras de cárie, doenças periodontais (da gengiva) e perda precoce dos dentes.

De que maneira essa educação pode ser desenvolvida?

Dentro do ambiente da escola, o odontopediatra desenvolve um treinamento para a técnica correta de escovação, de acordo com a idade das crianças envolvidas e a coordenação motora das mesmas. Desse modo, desde tenra idade a criança se familiariza com o hábito da escovação e aceita melhor a execução desse hábito diário.

Somente a técnica de escovação pode ser treinada na escola?

Não. Além desse treinamento, de maneira gradual, informações sobre o desenvolvimento da cárie, a quantidade de creme dental, o uso do fio dental, o uso do flúor, as dietas cariogênica e não-cariogênica, os tipos e as funções dos dentes são trabalhadas com as crianças.

Por que a escolha do ambiente escolar e não do consultório odontológico?

As medidas de educação podem ser realizadas nos dois ambientes. Entretanto, a escola desempenha um papel fundamental já que o ambiente escolar, tanto nos seus aspectos físicos quanto humanos, é bastante familiar para a criança, e geralmente esta apresenta um espírito favorável para a absorção das informações nesse ambiente. A introdução da figura do cirurgião-dentista em um local conhecido também torna a adaptação da criança ao consultório mais fácil.

Qual o benefício da “Educação Odontológica Infantil”?

As crianças adquirem uma correta coordenação motora para realizar a escovação dental, além de conscientemente adquirirem esse hábito saudável. A educação odontológica infantil visa criar uma geração em que as crianças de hoje sejam adultos conscientes em relação à sua saúde bucal.

Qual o papel da família neste processo?

Através do recebimento das informações na escola, a criança acaba afetando o ambiente familiar de forma positiva, cobrando dos pais o hábito da escovação. O odontopediatra pode utilizar as reuniões de pais para transmitir informações importantes de forma a reforçar as informações passadas para as crianças

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Fonte: APCD

COROA PARA DENTES ANTERIORES E POSTERIORES

0 que é coroa?

É o nome que se dá a uma prótese que visa substituir a coroa de um dente natural que foi prejudicada em sua estrutura e em sua beleza.

É necessário afinar (desgastar) o dente para confeccionar uma coroa?

Sim. Somente dessa maneira se obtém espaço suficiente para a confecção de uma coroa semelhante à forma e ao tamanho de um dente natural.

Quais os tipos de materiais utilizados?

Resina acrílica e porcelanas. Para dar maior resistência, pode-se utilizar estruturas internas de metal (ligas de ouro ou ligas alternativas).

Qual a diferença entre resina e porcelana?

A resina é um material de manuseio mais simples que a porcelana. Apresenta um maior desgaste e, com o tempo, a alteração da cor também é maior. A porcelana apresenta maior dureza e estabilidade de cor e supre melhor o quesito estético.

Há riscos de fraturas?

A coroa artificial, quando bem executada, corre os mesmos riscos que os dos dentes naturais, estando exposta aos mesmos acidentes. Os cuidados devem ser iguais aos tomados com os dentes naturais.

E necessário tratar o canal de um dente que irá receber uma coroa?

Sempre que possível, deve-se evitar o tratamento de canal. Isso, em algumas situações, é necessário para que, dentro do canal tratado, seja instalado um pino metálico, a fim de aumentar a resistência do dente e para reter a coroa artificial.

Enquanto a prótese é confeccionada no laboratório, o que se usa sobre o dente desgastado?

Coroas provisórias de acrílico, que são executadas imediatamente e colocadas sobre o dente desgastado, suprindo as necessidades estéticas e funcionais. Essa coroa, depois, será removida e substituída pela chamada “definitiva”.

Como a coroa é fixada ao dente?

0 próprio encaixe sobre o dente desgastado já é uma forma de retenção, que será melhorada com agentes cimentantes específicos que, além de aumentarem a retenção, irão promover o vedamento.

Qual o motivo do escurecimento próximo à gengiva?

Muitas vezes, esse escurecimento é causado pela transparência dos tecidos gengivais que, por serem finos, mostram a sombra de uma raiz escurecida. Outras vezes, é a cinta de metal aparece com o tempo,ocorre um afastamento gengival expondo a área da emenda entre a coroa artificial e o dente podendo ser fisiológico (fator tempo e idade)ou patológico(problemas periodontais,trauma dental,escovação incorreta)

Quanto tempo dura uma coroa?

A durabilidade dependerá, por parte do profissional, da acertada indicação, execução e escolha do material e, principalmente, por parte do paciente, através dos cuidados com a higienização e a utilização dessa prótese. Não existem prazos definidos de longevidade, por esta depender de inúmeros fatores.

COMO PREVENIR AS CÁRIES

O que é a cárie?

A cárie é uma doença transmissível e infecciosa. Ela acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. Quando o açúcar entra em contato com a placa bacteriana, formam-se ácidos que serão responsáveis pela saída de minerais do dente.

O que é placa bacteriana?

A placa bacteriana é uma espécie de película composta de bactérias vivas e de resíduos alimentares que se depositam sobre e entre os dentes. Ela é cariogênica quando bactérias capazes de causar a doença cárie estão presentes na sua composição.

Meus dentes podem ser pouco resistentes à cárie?

Existem algumas doenças que podem alterar a composição dos dentes, levando à má-formação dentária. Além disso, todos os dentes são mais susceptíveis à cárie quando erupcionam, pois ainda não estão com a calcificação completa. Isso só será um problema se houver acúmulo da placa bacteriana cariogênica sobre os dentes, pois esta permitirá que a lesão se inicie. Indivíduos com deficiências físicas ou mentais que apresentam dificuldades na limpeza dos dentes devem ser supervisionados durante a escovação. Portanto, independentemente de os dentes serem mais ou menos resistentes, o importante é que a limpeza dos dentes seja realizada de maneira adequada.

Quais são os alimentos mais cariogênicos? Há alimentos que protegem contra a cárie?

Os alimentos mais cariogênicos são os que apresentam açúcar na sua composição: os doces, as balas, os caramelos, os chocolates, os chicletes e os refrigerantes são exemplos desses alimentos. Existem alguns alimentos que escondem o açúcar na sua composição, como a mostarda e o ketchup. Todos esses alimentos podem ser consumidos, mas de maneira racional, isto é, junto às principais refeições, seguindo-se a escovação. A freqüência com que se come o açúcar é muito importante: quando você ingere açúcar, os seus dentes ficam expostos aos ácidos produtores de cárie durante 20 minutos; se você ingerir açúcar 5 vezes ao dia, os seus dentes poderão ficar expostos aos ácidos produtores de cárie durante 100 minutos! O açúcar também pode estar presente em medicamentos líquidos e xaroposos, portanto, após ingeri-los, é preciso escovar os dentes. A ingestão de farináceos e salgadinhos, principalmente entre as refeições, é um hábito considerado pouco saudável, quando se pensa em prevenção da doença e, portanto, deve ser evitado. Por outro lado, existem alimentos como o queijo e o leite que são considerados protetores dos dentes. Eles apresentam alto conteúdo de cálcio e fosfatos, que protegem contra a desmineralização do dente.

O mel ou o açúcar mascavo podem substituir o açúcar sem danos aos dentes?

Esses alimentos são ricos em açúcares facilmente transformados em ácidos pelas bactérias cariogênicas. O hábito de adoçar alimentos ou lambuzar a chupeta com mel pode provocar lesões de cárie, portanto, deve ser evitado.

Como posso saber se tenho cárie?

A identificação das lesões de cárie pode ser feita através da visão direta dos dentes e do emprego do fio dental. Antes de observar a superfície dentária, há necessidade de remoção da placa bacteriana que a recobre. Portanto, você deve fazer o auto-exame após escovar seus dentes e em local bastante iluminado. Essa doença se estabelece antes de as cavidades serem vistas nos dentes. Portanto, procure alguma alteração de cor como manchas brancas ou acastanhadas na parte superior dos dentes (sulcos e fissuras) e entre os dentes. Em um estágio mais avançado da doença, as manchas podem evoluir para cavidades e os sintomas já começam a aparecer: dor quando mastigamos alimentos doces ou quando bebemos algo quente ou gelado, causando desconforto e mau hálito. O fato de o fio dental ficar preso entre os dentes também pode ser um sinal de lesão de cárie.

Como posso combater ou prevenir essa doença?

Controlando os fatores que podem ajudar no aparecimento das lesões de cárie. Dentre esses fatores, podem ser citados: evitar a ingestão de alimentos açucarados – caso não seja possível, você deve ingeri-los junto às principais refeições – e limpar os dentes de maneira adequada, utilizando escova, fio dental e pasta de dente com flúor. O flúor é um importante auxiliar no combate à cárie pois previne a desmineralização, isto é, a saída de minerais do dente e favorece a remineralização, que é a entrada de minerais em pequenas lesões de cárie (lesões de manchas brancas ou acastanhadas opacas), antes que elas se tornem cavidades. A limpeza deve ser realizada sempre após as principais refeições e antes de dormir. É importante visitar seu dentista regularmente para que ele possa, através do exame clínico, controlar sua saúde bucal e orientar sobre qualquer dúvida que possa surgir com relação à mesma.

Existe vacina para a cárie?

Apesar dos estudos feitos até agora, não podemos contar com uma “vacina” que previna a cárie dentária.

Fonte: APC

 

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