Dicas

RADIOGRAFIA PANORÂMICA

A Importância da Radiografia Panorâmica na Odontologia.

A radiografia panorâmica é um importante exame radiográfico utilizado para o diagnóstico e planejamento terapêutico das doenças dos dentes e dos ossos da face. Atualmente, a maioria dos dentistas solicita esse exame no início e no controle dos tratamentos odontológicos.

O que é radiografia panorâmica e quais são as suas vantagens?

O exame ortopantomográfico, mais conhecido como radiografia panorâmica, é um exame útil e bastante prático para complementar o exame clínico no diagnóstico das doenças dos dentes (cáries ou doenças endodônticas) e dos ossos da face. Através desse exame, o dentista pode visualizar todos os dentes de uma só vez, inclusive os que ainda não estão erupcionados. Cáries, fraturas dentais, infecções ou outras doenças dos ossos que sustentam os dentes podem ser visualizadas e, muitas vezes, diagnosticadas.

Além do diagnóstico das lesões dentais, quais as outras indicações das radiografias panorâmicas?

Praticamente no diagnóstico de todas as lesões dos ossos da maxila e mandíbula. Através desse exame, pesquisam-se reabsorções ósseas e radiculares, cistos, tumores, inflamações, fraturas pós-acidentes, distúrbios da articulação temporomandibular (que causam dor na região de ouvido, face, pescoço e cabeça) e sinusite. É comum solicitá-lo também como exame pré-operatório em cirurgias dos dentes e ossos.

Nas crianças, quando são indicadas as radiografias panorâmicas?

Em Odontopediatria, esse exame tem amplas indicações, tanto na prevenção como no diagnóstico de distúrbios dentais e faciais. Pode-se fazer o “pré-natal” dos dentes, examinando-os mesmo antes que eles erupcionem, podendo analisar sua localização, forma, angulação e a presença de dentes extranumerários (dentes que excedem o número normal) ou agenesia (falta do germe dentário) e assim prevenir ou atenuar futuros problemas estéticos e/ou relacionados à articulação. O estudo dos ossos na procura por lesões intra-ósseas, como cistos e tumores, também faz parte de uma boa odontologia preventiva.

Existe algum perigo quando se realiza a radiografia panorâmica?

Atualmente, com os modernos aparelhos de raios X, a proteção dos aventais de chumbo e os filmes mais sensíveis, esse método é bastante seguro. Nas mulheres grávidas, optamos por realizá-lo depois do terceiro mês de gestação ou após o parto, dependendo da necessidade do caso e sempre observando as medidas de segurança.

É um exame caro?

Não. Se compararmos os benefícios que ele proporciona, veremos que o preço é acessível para a população. Além das clínicas particulares, existem órgãos públicos e faculdades de Odontologia que dispõem de aparelhagem necessária para realizá-lo.

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Fonte: APCD

DOR OROFACIAL

O que é dor orofacial? Que profissional trata esse problema?

A dor orofacial é uma condição de dor associada aos tecidos da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral. Incluem-se, entre outras, as dores de cabeça, dores com origem no sistema nervoso, dores psicogênicas (relacionadas com fatores psicológicos) e dores por doenças graves, como tumores e AIDS. O tratamento deve ser realizado por uma equipe de profissionais: dentistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, pois essa condição deve ser abordada com uma visão do paciente como um todo, não se tratando apenas a dor no momento em que o indivíduo a está sentindo.

Quais as dores mais comuns na região da face?

As dores de origem dentária continuam sendo as mais comuns na população em geral, mas levantamentos sobre atendimentos de pacientes que apresentam disfunções da articulação temporomandibular (ATM, a articulação do osso temporal com o osso mandibular) demonstram que a dor está presente em 97% dos casos.

Quais as dores na face que não estão associadas com os dentes?

Existem várias dores que se refletem (denominadas “dores referidas”) na face e não têm origem dentária, como as dores por otite e sinusite, dores na articulação, dores musculares nas costas, no pescoço e nos músculos da mastigação, dores nos nervos faciais, como as neuralgias, dores causadas por infecções e ulcerações da mucosa bucal, dores com origem nos olhos, glândulas salivares, lacrimais e mucosa nasal e a dor relacionada com a síndrome de ardência bucal (dor crônica e “queimação” em toda a boca, sem que existam lesões na mucosa).

Meu dentista disse que tenho disfunção da ATM, pois sinto dores e desconforto ao abrir a boca. O que isso significa?

A disfunção da ATM é uma anormalidade da articulação temporomandibular e/ou dos músculos responsáveis pela mastigação. Na verdade, a disfunção da ATM é um subgrupo das dores orofaciais. Deve ser feito um minucioso exame clínico e questionário para se obter um correto diagnóstico, pois, muitas vezes, as disfunções da ATM podem ser confundidas com outras condições dolorosas, como dores de origem dentária e infecções bucais.

Quem tem um estalido na articulação terá também dor com o passar do tempo? E quem tem bruxismo (ranger de dentes)?

O estalido na ATM pode permanecer por algum tempo e até desaparecer, o que ocorre mais comumente em crianças e jovens, ou pode evoluir para o travamento da mandíbula, com eventual aparecimento de dor. Afirmar que todo estalido será seguido de dor em alguma fase da vida não seria correto, pois há indivíduos que têm estalido por muito tempo sem ter dor. Quanto às pessoas que têm bruxismo, muitas não desenvolvem dor. Existem estudos que sugerem que, se o indivíduo tem predisposição para disfunção temporomandibular, rangendo os dentes, as chances de a dor aparecer são maiores.

Por que, quando estou mais ansioso e estressado, sinto dores ao mastigar, ao falar e até ao acordar?

O estresse e a ansiedade geram a descarga em nosso corpo de substâncias que atuam como estimulantes para tensão muscular, ativação do sistema nervoso e do sistema de secreção (endócrino), o que leva o indivíduo a ter certas reações que, em períodos de relaxamento, ele não vivencia. O apertamento dos dentes é muito comum nessa condição de estresse e é uma das causas mais freqüentes de dores musculares na face e na articulação.

As dores de cabeça podem estar relacionadas com problemas da articulação ou de origem dentária?

As dores de cabeça podem ter origem nos dentes, nos músculos e na articulação. Quando a origem é dentária, a dor de cabeça é difusa, e o paciente relata o envolvimento dos dentes. A dor de cabeça pode ter origem em músculos da face ou nas articulações e ser uma dor referida também aguda, com limitação da abertura de boca e dor durante a mastigação e fala.

Existe a possibilidade de a dor de um dente permanecer mesmo após a sua extração?

Existe um tipo de dor cuja origem se encontra em estruturas do sistema nervoso e que passa por dor dentária, quando, na verdade, a origem da dor não é o dente, apesar de a sensação dolorosa estar nele. O indivíduo tem “certeza” de que um determinado dente ou região dói e pede para o dentista tratar os dentes dessa região ou até extraí-los. Na verdade, o que ocorre é uma dor referida para o elemento dentário. Quando o dente é removido, a dor não desaparece, pois o real agente causador não era o dente, e sim outras estruturas que referiam a dor

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Fonte: APCD

TRATAMENTO ORTODÔNTICO

O que é Ortodontia?

Ortodontia é a especialidade da Odontologia que estuda o crescimento e desenvolvimento da face, bem como o desenvolvimento das dentições decídua (de leite), mista e permanente e seus desvios de normalidade, prevenindo, interceptando e corrigindo as más oclusões e dentárias.

Em que idade deve ser realizada a primeira consulta ao ortodontista?

Apesar de não existir idade mínima para realizar a primeira consulta ao ortodorítista, a época mais oportuna para se procurar um ortodontista é no começo da troca dos dentes de leite pelos dentes permanentes, ou seja, no início da dentição mista.

0 clínico geral poderá fazer essa avaliação inicial e encaminhar o paciente se necessário?

Sim. 0 clínico geral ou o odontopediatra (dentista responsável pelo tratamento em crianças) normalmente estão preparados para detectar alguma alteração da normalidade e encaminhar para uma avaliação ao ortodontista.

Quais os tipos de correções realizadas?

0 ortodontista, atualmente, inicia seu tratamento com condutas mais simples, como a manutenção de espaços nos casos de perda prematura de dentes, corrigindo até casos mais complexos, como os tratamentos ortodômicos associados ao aumento ou diminuição cirúrgica dos maxilares.

Quando da necessidade de tratamento, quais os benefícios além da estética?

A função principal do tratamento ortodôntico é restabelecer a oclusão dentária (perfeito engrenamento dos dentes superiores e inferiores), que é fundamental para a correta mastigação e, conseqüentemente, adequada nutrição e saúde bucal. Com o restabelecimento da oclusão, evitam-se problemas de respiração, deglutição, fala e da articulação tempororriandibular.

O paciente adulto poderá se submeter ao tratamento?

Sim. Não existe idade máxima para a realização de tratamento ortodôntico, embora no paciente adulto alguns cuidados especiais devam ser tomados, principalmente em relação aos tecidos de suporte dos dentes, que podem chegar a contra-indicar o tratamento. Este pode ser mais lento e limitado, devido a falta de crescimento, problemas periodoritais, perdas de elementos dentários e maior comprometimento das estruturas dentárias devido a próteses ou restaurações extensas.

Quais são os tipos de aparelhos?

Os aparelhos podem ser divididos em dois grupos: o fixo e o removível. 0 aparelhos fixos são unidos aos dentes através de uma substância adesiva ou cimento; são compostos por bráquetes (metálicos, plásticos ou cerâmicos), tubos e anéis, que suportam o arco metálico responsável pela movimentação dentária. Permitem maior movimentação dos dentes e independem da colaboração do paciente. Já os aparelhos removíveis são encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou pelo ortodontista, e dependem da colaboração do paciente. Podem ser ortodônticos, os quais realizam pequenas movimentações dentárias, ou ortopédicos, utilizados nas correções esqueléticas (ósseas).

Existe aparelho estético?

Sim, hoje em dia, existem aparelhos como os de cerâmica, que são bastante estéticos, em que as peças de suporte se confundem com a colaboração do dente.

Quanto tempo demora em média o tratamento?

É difícil de se prever o tempo de um tratamento ortodôntico, pois este depende de vários fatores, como respostas biológicas individuais, tipo de má oclusão, tipo de aparelho utilizado e colaboração do paciente. Um tempo médio é de vinte e quatro a trinta meses de tratamento ativo.

É dolorido?

0 tratamento ortodôntico, no início, causa uma certa sensibilidade, principalmente na fase de colocação do aparelho. Após essa fase, existirá algum desconforto para o paciente cerca de 24 a 48 horas após os ajustes praticados pelo ortodontista.

Existe algum risco no tratamento?

Quando o tratamento é bem planejado e executado por profissional qualificado, não existem riscos maiores ao paciente, desde que este siga todas as instruções dadas, principalmente no aspecto de higiene bucal, pois os detritos podem causar problemas gengivais, periodontais, manchas brancas ou, mesmo, cáries dentárias.

Se os pais possuem má posição dos dentes, o mesmo pode ocorrer com os filhos?

Sim. Apesar de o problema genético ser um dos fatores do aparecimento da má oclusão nos filhos, outros fatores podem levar a tratamento ortodôntico, como respiração bucal, sucção prolongada de dedo ou chupeta, deglutição atípica e anomalias dentais.

É necessário extrair dentes permanentes?

Em muitos casos, a extração de dentes permanentes se faz necessária, principalmente naqueles em que há falta de espaço para a acomodação de todos os dentes no arco. 0 resultado deve ser um perfil harmonioso, agradável, com lábios contactados, sem esforço muscular e perfeita harmonia dentária. Quando bem indicadas, as extrações não trazem prejuízo algum ao paciente.

Existe a possibilidade de os dentes retornarem à posição original?

À posição original, não. Podem ocorrer pequenas acomodações pós-tratamento, que podem estar ligadas ao crescimento e às alterações funcionais. Essa tendência é normalmente bem controlada e minimizada através de um bom planejamento, de perfeita execução da técnica ortodôntica, bem como da utilização correta dos aparelhos de contenção.

PROBLEMAS ORTODÔNTICOS

Ortodontia é uma especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e à doença periodontal. Também causam um estresse adicional aos músculos de mastigação que pode levar a dores de cabeça, síndrome da ATM e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas. Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência. O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com possibilidade de durar a vida toda. O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos cinco anos do curso regular.

Como saber se preciso de tratamento ortodôntico?

Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias especiais, o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você. Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o tratamento ortodôntico:

– Sobremordida, algumas vezes chamada de “dentes salientes” – acontece quando os dentes anteriores superiores se posicionam muito à frente da arcada inferior.

– Mordida cruzada anterior – uma aparência de “bulldog”, quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.

– Mordida cruzada – ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior ao morder normalmente.

– Mordida aberta – espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam.

– Desvio de linha mediana – ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior.

– Diastema – falhas, ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes que não preenchem a boca.

– Apinhamento – ocorre quando existem dentes demais para se acomodarem na arcada dentária pequena.

Diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. A gravidade do seu problema é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz.

Aparelhos fixos podem ser:

– Aparelho fixo – este é o tipo mais comum de aparelho. Consiste de bandas, fios e/ou braquetes. As bandas são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto que os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendo-se gradualmente em direção à posição correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais leves e exibem bem menos metal que no passado. Podem apresentar cores vivas para as crianças, bem como estilos mais claros, preferidos por muitos adultos.

– Aparelho fixo especial – utilizados para controlar o hábito de chupar o dedo ou a língua “presa”, estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas. Por serem muito desconfortáveis durante as refeições, devem ser utilizados apenas como um último recurso.

– Mantenedor de espaço fixo – se o dente de leite é perdido precocemente, um protetor de espaço é utilizado para manter este espaço aberto até que o dente permanente nasça. Uma banda é cimentada ao dente próximo ao espaço vazio e um fio é estendido até o dente do outro lado do espaço.

Aparelhos móveis incluem:

– Niveladores – uma alternativa para os aparelhos convencionais para adultos, niveladores em série estão sendo utilizados por um número crescente de ortodontistas para mover os dentes da mesma forma que os aparelhos fixos, mas sem os fios de aço e os braquetes. Os niveladores são virtualmente invisíveis e removíveis para que o usuário possa se alimentar, escovar os dentes e passar o fio dental.

– Mantenedores de espaço móveis – estes aparelhos têm a mesma função que os mantenedores fixos. São feitos com uma base acrílica que se encaixa sobre a mandíbula e têm braços de plástico ou arame entre determinados dentes que devem ser mantidos separados.

– Aparelhos reposicionadores de mandíbula – também chamados de talas, estes aparelhos podem ser utilizados no maxilar superior ou mandíbula, e ajudam a “treinar” a mandíbula a fechar em uma posição mais favorável. São utilizados para disfunções da articulação temporomandibular (ATM).

– Amortecedores de lábios e bochechas – são destinados a manter os lábios e bochechas afastadas dos dentes. Os músculos dos lábios e bochechas podem exercer pressão sobre os dentes e os amortecedores ajudam a aliviar esta pressão.

– Expansor palatino – um mecanismo utilizado para alargar o arco da mandíbula superior. Consiste em uma placa de plástico que se encaixa sobre o céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a placa por meio de parafusos força as juntas dos ossos do palato a se abrirem para os lados, alargando a área palatina.

– Contentores móveis – utilizados no céu da boca, estes aparelhos de contenção previnem que os dentes voltem à posição anterior. Podem também ser modificados e utilizados para evitar que a criança chupe o dedo.

– Aparelho extrabucal – com este aparelho, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes anteriores são empurrados para trás.

Como cuidar do aparelho móvel?

A maioria dos aparelhos móveis são removíveis, o que significa que você os remove para comer, escovar e usar fio dental. Por esse motivo, são facilmente perdidos. Muitas pessoas embrulham os aparelhos móveis em um guardanapo ao comer, e os esquecem em seguida, tendo que gastar centenas de reais em uma nova peça. Uma boa solução é carregar sempre a caixa do seu aparelho móvel com você para guardá-lo toda vez que não estiver sendo usado. Para mais proteção, nunca deixe a caixa sobre a mesa ou balcão – sempre coloque-a imediatamente em sua mochila, bolsa ou bolso. Seu dentista pode lhe fornecer mais informações sobre como limpar e cuidar do seu tipo específico de aparelho móvel. Independentemente do tipo, você deve se certificar de não sentar sobre ele, pisar nele ou danificar de qualquer outra maneira esse equipamento frágil e caro.

Quanto tempo eu preciso usar o aparelho móvel depois de tirar o aparelho ortodôntico?

Seu dentista pode lhe dizer por quanto tempo você deverá usar o aparelho móvel. Uma vez que o propósito desse dispositivo é evitar que seus dentes retornem à posição original, ele deve ser usado pelo menos até que seus maxilares e gengivas tenham tido tempo de se estabilizar ao redor dos dentes recém-alinhados. Muitos ortodontistas recomendam que crianças e adolescentes usem os aparelhos móveis até os 20 e poucos anos – até que todos os dentes permanentes tenham nascido e os ossos da face tenham parado de crescer.

Fonte: APCD

PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL (PPR)

0 que é Prótese Parcial Removível (PPR)?

É um aparelho protético que substitui os dentes naturais, perdidos em arcadas nas quais ainda permanecem alguns dentes naturais, portanto, com perda parcial de dentes. E chamada de removível porque pode ser retirada pelo portador no momento que este desejar.

Pode-se, em todas as situações, optar entre PPR e Prótese Parcial Fixa (PPF)?

Não. Existem situações ideais para cada tipo de aparelho. De um modo geral, as PPRs são indicadas para casos de perda de um número grande de dentes e, principalmente, quando ausentes os últimos dentes (dentes posteriores).

Qual a mais cara?

A Prótese Parcial Fixa é, quase sempre, mais cara. Isso não quer dizer que, por ser mais barata, a PPR não mereça a mesma atenção e os mesmos cuidados na sua execução.

Como este aparelho se fixa na boca?

Através de grampos “semiflexíveis” metálicos apoiados em dentes naturais (dentes pilares) e por um perfeito assentamento do aparelho sobre a gengiva das áreas desdentadas.

É possível eliminar os grampos metálicos a fim de torná-la imperceptível?

Toda PPR convencional necessita de grampos. Para e eliminá-los, seria necessário um aparelho removível que se adapte através de encaixes (attachments) colocados em coroas protéticas cimentadas sobre alguns dentes naturais remanescentes. Essa prótese, é mais indicada quando a estética é fundamental. Ela possui custo mais elevado e técnicas sofisticadas para sua execução.

Os grampos estragam os dentes naturais?

Não. Eles devem ser feitos com técnicas corretas e o portador deve higienizá-los cuidadosamente, bem como os dentes naturais e o aparelho, pois o que causa a cárie é a placa, bactérias que se fixa no dente natural e nas superfícies dos grampos. Sem a presença dessa placa bacteriana, o dente se manterá sadio (com grampos).

Como deve se fazer para higienizá-los?

A prótese deverá ser removida para limpeza sempre após a ingestão de alimentos. Deve-se utilizar escovas especiais que facilitem a limpeza das superfícies internas – por exemplo, escova cilíndrica, do tipo usado para limpeza de armas. Remover bactérias, fungos e restos de alimentos do aparelho é tão importante quanto a limpeza dos dentes naturais. Para todo paciente portador de próteses, é necessário fazer visitas periódicas ao dentista, já que é considerado paciente dentado. De uma forma profissional, é preciso verificar o funcionamento da prótese e fazer a higienização dos dentes e do aparelho.

Qual a eficiência mastigatória da PPR?

Uma PPR é mais eficiente na mastigação quando o seu número de dentes artificiais é pequeno, quando é dento-suportada, isto é, quando existem dentes naturais nos dois extremos vizinhos ao espaço desdentado, e quando os dentes do arco antagonista são naturais ou próteses fixas.

É fácil se adaptar a elas?

Sim, quando ela for bem executada e o portador tiver um mínimo de paciência para a adaptação e acomodação.

Deve-se retirar a PPR para dormir?

Não, desde que ela apresente condições de retenção, suporte a estabilidade e não esteja causando nenhum desconforto aos dentes ou aos tecidos gengivais.

Quanto dura uma PPR?

Por depender de muitos fatores que fogem controle do dentista, fica difícil fazer tal previsão, mas se conhecem muitos aparelhos com mais de dez anos em uso. Boa indicação, boa execução, cuidados caseiros e revisões periódicas serão fundamentais para conseguir tal longevidade.

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Fonte: APCD

ORTODONTIA E A PERIODONTIA

Tratamento Ortodôntico em pacientes com problemas periodontais.

Meus dentes estão com mobilidade e mudando de posição rapidamente. Vários espaços estão aparecendo entre eles. Por que isso acontece?

Pequenas alterações no posicionamento dos dentes ocorrem durante toda a vida, sendo que as mais freqüentes são as rotações dentárias, a abertura de espaço entre os dentes e o apinhamento, principalmente no arco inferior. Esse processo, porém, é lento, mas a mudança rápida do posicionamento dentário pode ser decorrente de perdas dentárias ou processos patológicos como a doença periodontal, que pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, desde a adolescência.

Quais os sintomas dessa doença e como ela é causada?

Os sintomas primários da doença periodontal são o sangramento gengival durante a escovação e/ou mastigação, podendo aparecer também, conforme o processo patológico evolui, pus e mobilidade dentária. A causa da doença periodontal é multifatorial, ou seja, vários fatores contribuem para o seu aparecimento: má higiene, presença de placa bacteriana, fatores hereditários e baixa resistência imunológica.

Quais as conseqüências dessa doença?

A conseqüência mais grave é a perda óssea, minando o suporte dentário e, conseqüentemente, provocando mobilidade. A longo prazo, se a doença não for tratada, os dentes são perdidos.

É possível reposicionar os dentes com aparelhos ortodônticos quando se tem doença periodontal?

Sim, é possível, desde que alguns cuidados adicionais sejam tomados. No pedido da documentação ortodôntica, as radiografias periapicais da boca toda constituem o item de diagnóstico mais importante. Antes de qualquer intervenção ortodôntica, o paciente deve ser encaminhado ao periodontista para que sejam realizadas instrução de higiene, raspagem e curetagem gengival e, em determinados casos, até alguma intervenção cirúrgica. Feito isso, o tratamento ortodôntico poderá ter início, sendo que o paciente deverá realizar controles no periodontista em intervalos regulares de 3 a 4 meses durante o tratamento.

O movimento ortodôntico poderá causar maior perda óssea?

Não, desde que osso e gengiva sejam mantidos com saúde. O osso presente responde da mesma forma que em pacientes normais. Daí o controle periódico por parte do periodontista ser tão importante. Se for negligenciado esse aspecto e houver presença de inflamação durante a movimentação ortodôntica, aí então o processo de perda óssea será agravado.

Então não existem limitações nessa modalidade de tratamento?

Existem. Apesar de não ocorrerem perdas ósseas adicionais, o fato de apresentar suporte ósseo reduzido provoca sobrecarga de força no ápice da raiz durante a movimentação, predispondo o dente à reabsorção do ápice radicular. Para reduzir esses efeitos indesejados devem ser usadas forças leves na movimentação, deve-se aumentar o intervalo entre as ativações e evitar grandes movimentos de corpo, que ocorrem principalmente nos casos em que são planejadas extrações com futuro fechamento dos espaços.

Ao final do tratamento ortodôntico será necessário algum outro aparelho para estabilizar os resultados?

Sim, ao final do tratamento ortodôntico freqüentemente se usa um aparelho removível superior e um fio colado aos caninos inferiores. No caso de pacientes que apresentam perdas ósseas, essas contenções deverão ser permanentes, ou seja, para a vida toda, e os controles periódicos no periodontista devem continuar indefinidamente, pois a possibilidade de recorrência da doença permanece e pode ser evitada com esses cuidados.

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Fonte: APCD

ATM

O que é ATM?ATM é a abreviatura de “Articulação Temporo-Mandibular”. Essa articulação situa-se logo à frente do ouvido e é responsável pelos movimentos executados pela mandíbula.

Qual é a principal característica de um paciente que tem problemas de ATM?

O principal indicativo de uma alteração na ATM é o estalido (clique), normalmente acompanhado de dor que se manifesta na cabeça, face, pescoço, olhos e dentes. A ausência de dor não é sinal de normalidade. O estalido (clique), por si só, já traduz problemas nas ATMs.

Quais as principais causas dos problemas de ATMs?

Toda e qualquer doença necessita de mais de um fator para a sua ocorrência. O fator principal deve ser acompanhado dos fatores que contribuem, modificam ou perpetuam a doença. No caso da disfunção das ATMs, acredita-se que o fator principal seja a maloclusão (relacionamento inadequado entre os dentes da maxila e mandíbula), sendo o “stress”, os hábitos parafuncionais e algumas doenças sistêmicas ou hormonais capazes de contribuir, modificar ou perpetuar o seu aparecimento. Contudo, sabe-se que a ordem dos fatores principais e secundários pode alterar-se, havendo diferentes pesos no julgamento de quem é o agente iniciador da disfunção.

Por que acontece o estalido (clique) nas ATMs?

Entre as faces articulares dos ossos que compõem as ATMs (osso temporal e côndilo da mandíbula), existe uma estrutura fibrocartilaginosa chamada disco articular, cujas principais funções são amortecer e amoldar as superfícies ósseas incongruentes da articulação, evitando traumas e desgastes prematuros. Quando o disco articular se desloca de sua posição fisiológica, acontece o estalido (clique), notado nos movimentos mandibulares, tais como: falar, mastigar, cantar, bocejar, etc.

Por que o problema de ATM pode causar dor de cabeça?

As dores de cabeça provenientes das disfunções de ATM, em geral, não são propriamente de cabeça: são dores nos músculos que envolvem a cabeça. Posições posturais viciosas, relacionamento dental inadequado, apertamento e/ou ranger de dentes, associados ao “stress”, normalmente culminam em quadros crônicos de dores nos músculos da face, da cabeça e do pescoço.
Por que o problema de ATM pode causar dor de ouvido?

A proximidade entre a ATM e o ouvido pode ocasionalmente confundir o paciente sobre o local de origem da dor. Na realidade, a dor de ouvido é diferente da dor de ATM. Como diagnóstico diferencial, as disfunções das ATMs não manifestam febre, não eliminam secreção pelos ouvidos e não são acompanhadas por quadros infecciosos das vias aéreas superiores.

Existe relação entre dentes e ATM?

Sim. O “encaixe dental” (oclusão) é responsável pela posição do côndilo (cabeça da mandíbula) dentro da articulação. Ocluir os dentes mais para a frente, para trás ou para os lados traz conseqüências para as ATMs. O ideal é que a oclusão tenha um relacionamento adequado, para manter côndilo e disco articular harmônicos e bem posicionados entre si, a fim de que a articulação seja saudável.

Qual é o tratamento indicado?

Promover uma oclusão dentária que permita um bom relacionamento entre as estruturas da ATM e remover os fatores que possam estar associados ao problema.

Quais são as conseqüências do não-tratamento?

A disfunção temporomandibular é uma doença que, depois de instalada, é quase sempre progressiva. O que não se consegue determinar com exatidão é a sua velocidade de progressão e as suas conseqüências. Portanto, o ideal é o tratamento precoce, que certamente proporciona melhores soluções e resultados.

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Fonte: APCD

PERIODONTIA E O BEBÊ

A influência da periodontite no nascimento de bebês prematuros ou com baixo peso é tema recorrente no meio científico. Apesar das opiniões controversas, diversas evidências já foram reunidas

Depois das doenças cardio- vasculares, os estudos que mais reúnem evidências sobre a periodontite como fator de risco são os que abordam a prematuridade e/ou o nascimento de bebês com baixo peso. Esta posição é partilhada por nomes de peso da Odontologia, incluindo a Academia Americana de Periodontia. Os estudos têm indicado que, mesmo após serem considerados os outros fatores de risco obstétricos tradicionais, como fumo, álcool, idade, raça, cuidados pré-naturais, infecções geniturinárias e outras doenças infecciosas, a doença periodontal permanece como fator contribuinte de risco para o aumento dos casos de prematuridade e baixo peso.

A quantidade de estudos em humanos até hoje não é tanto quanto aquela que suporta a relação com a doença cardiovascular e, entre as pesquisas existentes, há várias opiniões. Há estudos que não confirmam associação, enquanto outros dão sustentação à suposição de que estas condições estão relacionadas. A maioria dos estudos sugere que a doença periodontal pode ter impacto tão grande na prevalência no nascimento prematuro quanto o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas. “Há estimativas sugerindo que até 18% de todos os nascimentos de prematuros podem ser evitados, desde que se garanta o tratamento e o controle da doença periodontal”, informa Lenize Zanotti Soares Dias, coordenadora de Periodontia da ABO/ES. A hipótese do mecanismo de influência da doença periodontal na prematuridade e nascimento com baixo peso é, segundo o doutor em Periodontia e Professor Titular da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FO/Uerj) Ricardo Guimarães Fischer, que a infecção liberaria marcadores inflamatórios na corrente sanguínea. Alguns desses marcadores, como o fator de necrose tumoral e a prostaglandina E, são também indutores do parto. Assim, o organismo das gestantes teria níveis mais elevados que o normal dessas substâncias e o patamar necessário para induzir o parto seria atingido mais precocemente, explica.

Engebretson e colaboradores publicaram um estudo no Journal of Periodontology analisando o efeito do tratamento periodontal durante a gravidez e suas conseqüências sobre o nascimento prematuro. Como resultado, observaram que houve significativamente menos partos prematuros nas gestantes que foram acompanhadas com os cuidados da periodontia (terapia periodontal), do que nas gestantes sem o tratamento. Um estudo recente, apresentado no Congresso Europerio V, em 2006 pela periodontista norte-americana Marjorie Jeffcoat, analisou 3 mil grávidas, dividindo-as em dois grupos. Entre as que receberam tratamento periodontal, a incidência do nascimento de crianças com baixo peso foi de 4%, enquanto que, entre as que não passaram pela terapia, a incidência foi de 13%.

Maria Christina Brunetti (2002) numa pesquisa de caso-controle, em que avaliou a condição periodontal de 174 puérperas assistidas em três hospitais públicos de São Paulo, para verificar a associação entre a doença periodontal e a ocorrência do nascimento prematuro e/ou com baixo peso, concluiu que esta associação pode ser reflexo de uma característica inflamatória do hospedeiro, colocando o indivíduo em risco para ambas as condições, e que qualquer interpretação para esta associação deve ser feita com precaução até que um número maior de dados, obtidos de estudos longitudinais, seja apresentado.

Ciclo menstrual

No decorrer do desenvolvimento da mulher ocorrem conseqüentes alterações de concentração de estrogênio e progesterona. Estas alterações acompanham a mulher ao longo de toda a sua vida, desde os ciclos menstruais, no uso de contraceptivos orais, na gravidez, no estresse e na menopausa.

Vários estudos mostraram que o aumento da produção de hormônios sexuais leva a uma resposta inflamatória acentuada do hospedeiro. Como exemplo, o aumento da progesterona eleva o nível da prostaglandina E2 (PGE2), que é um potente mediador da inflamação. Desta forma, durante o período da puberdade, as alterações hormonais levam a um agravamento da gengivite. “Maiores quantidades de hormônios femininos favorecem o crescimento de bactérias elevando o potencial patogênico da placa”, explica Lenize.

Em algumas mulheres, a alteração da resposta inflamatória na gengivite pode ser detectada durante o ciclo menstrual. Certos anticoncepcionais podem acentuar a vermelhidão, o edema ou mesmo a tendência ao sangra-mento. Na menopausa, podem ocorrer as alterações já mencionadas, além da sensação de queimação, ardência ou prurido na boca e na gengiva.

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Fonte: ABO

PACIENTES ESPECIAIS

O que é um paciente especial, e como o dentista deve capacitar-se para atender às suas necessidades?

Pacientes especiais ou portadores de necessidades especiais são indivíduos que apresentam desvios no padrão de normalidade de sua condição física, mental, orgânica e/ou de sociabilização. Essa condição pode ser de caráter transitório (ex.: gravidez) ou permanente (ex.: paralisia cerebral). O dentista que se propõe a atender pacientes especiais precisa ter conhecimento das características e particularidades desses indivíduos. Para essa finalidade, existem vários cursos, estágios e literatura científica que capacitam o profissional para o tratamento odontológico. O consultório é basicamente semelhante aos outros, porém, há necessidade de espaço físico adequado (rampa, portas, corredores amplos) e, muitas vezes, instrumentos odontológicos de tamanho reduzido.

Qual a real necessidade do tratamento odontológico em um paciente especial com comprometimento severo?

Todo indivíduo, mesmo aquele mais comprometido, deve ter boas condições bucais para que sejam evitadas complicações na função de mastigação e deglutição, assim como para evitar focos de inflamação e infecção que causam dor e podem afetar outros órgãos e, finalmente, a saúde geral do indivíduo.

A partir de que idade um bebê especial deve ir ao dentista?

Assim como um bebê normal, o bebê especial deve ir ao dentista antes mesmo de ter “nascido” o primeiro dente de leite, para que o profissional institua um programa de prevenção à cárie e a outras doenças bucais.

Que tipos de cuidados caseiros os pais ou responsáveis devem ter para melhorar as condições bucais desses pacientes?

Os cuidados caseiros são essenciais para a prevenção de várias doenças. O primeiro cuidado básico é referente à higiene, que deve ser efetuada após as refeições. Se for necessário, o paciente pode lançar mão de recursos especiais, como escovas com adaptadores, dedeiras, passa-fio etc. O segundo cuidado é referente à dieta, que deve ser nutritiva, evitando-se os alimentos ricos em açúcares e os pastosos. Os horários corretos das refeições precisam ser observados. Medicamentos com muito açúcar, salvo contra-indicação médica, devem ser dados junto com as refeições. Como terceiro cuidado básico, ressalta-se o uso do flúor tópico na forma de dentifrícios, que deve ser realizado diariamente, e o uso de soluções fluoretadas na forma de bochechos, que pode ser instituído de acordo com as possibilidades do paciente para sua execução, bem como de acordo com o risco para o desenvolvimento da doença cárie.

A alimentação especial que muitos desses pacientes têm prejudica os dentes?

Em alguns casos, sim. A consistência pastosa dos alimentos dados a pacientes que não conseguem mastigar é um exemplo. Nessas situações, o cuidado com a higiene deve ser redobrado, o que infelizmente não acontece na maioria das vezes.

O “stress” de um tratamento odontológico pode agravar o estado emocional do paciente?

Algumas vezes, sim. É necessário que o dentista coloque para o paciente e familiares os benefícios do tratamento odontológico para que ele se sinta “cuidado”. Há aqueles que apresentam menor capacidade de entendimento ou são mais ansiosos; para eles, o tratamento odontológico apresenta-se como um fator estressante. O profissional pode lançar mão de recursos terapêuticos que visem minimizar essa situação desfavorável.

Como conseguir cooperação para o tratamento quando o paciente apresenta comportamento agitado?

Vários métodos podem ser utilizados, desde o condicionamento verbal, passando pela contenção física, até métodos de sedação. Como último recurso é usada a anestesia geral para a execução do tratamento. A opção dependerá da condição em que se apresenta o paciente, do contexto familiar geral e da preferência do profissional.

Os métodos utilizados não podem traumatizar o paciente?

Desde que bem indicados e executados, não. O método utilizado deve ser adequado ao paciente de modo a não traumatizá-lo.

Pode ser utilizado “calmante” para o tratamento?

Sim. Os sedativos ou “calmantes” são muito benéficos em várias situações, melhorando o comportamento do paciente e, conseqüentemente, as condições de trabalho do dentista.

Quais os problemas bucais mais comuns nos pacientes especiais?

Os problemas mais comuns são a cárie e a doença periodontal, sendo esta última decorrente de problemas de ordem local, geral ou medicamentosa (anticonvulsivantes). O tipo de patologia que o paciente apresenta, como, por exemplo, distúrbios neuropsicomotores, pode acarretar sérios problemas de oclusão, decorrentes principalmente da hipotonia muscular (flacidez), levando a alterações na relação maxilomandibular.

O atendimento odontológico pode desencadear convulsões naqueles pacientes que já tiveram crises?

O atendimento odontológico em si não desencadeia convulsões nesses pacientes. Mas o dentista precisa tomar cuidado para evitar certos estímulos que podem desencadear crises, como, por exemplo, acender o foco de luz de forma abrupta no rosto do paciente. O dentista que cuida de pacientes especiais sabe como proceder para evitar essas crises. De qualquer forma, é sempre importante lembrar que o paciente não deve interromper sua medicação para o tratamento odontológico.

Fonte: APCD

PASTA DENTAL

Qual a Função da Pasta Dental?

A efetividade da remoção de placa bacteriana é 70% maior quando se usa dentifrício. Além disso a formação de uma nova placa é reduzida em 45% com o uso do creme dental. Embora o dentifrício não seja indispensável para a remoção da placa, tem-se comprovado sua importãncia para garantir a limpeza e o polomento dental.

Qual a quantidade de pasta ideal?

A quantidade de pasta só tem relevância quando se trata de crianças com menos de 6 anos, que podem ingerir o dentifrício involuntariamente ao escovar os dentes. Uma quantidade pequena deve ser usada, para reduzir a ingestão de flúor. Recomendamos a técnica transversal: ao invés de se colocar pasta em toda extenção da escova, cruza-se esta com o dentifrício. Isso é particulamente importante quando as crianças também bebem água fluoretada. Assim serão reduzidos os riscos de se adquirir fluorose dental.

Qual a diferença entre pasta dental anticárie, antitártaro e antiplaca?

A anticárie contém fluor, e a antitártaro contém em acréscimo, substâncias que reduzem a formação de tártaro. Deve-se se esclarecer que os dentifrícios antitártaro não removem cálculo dental mecanicamente, o que deve ser feito pelo dentista ou pessoal auxiliar; o dentifrício interfere apenas em sua formação.As pastas antiplaca contém substâncias antimicrobianas.

Quais os tipos de flúor e sua concentração na pasta?

A adição de uma ou outra forma de flúor na pasta (as mais comuns são o NaF e o MFP) varia de acordo com o tipo de abrasivo que esta contém. Não se recomenda o uso de cremes dentais com concentração de fluor abaixo de 1000 ppm, pois sua eficiência ainda não está comprovada (1000-1000 ppm são o ideal). Já os que apresentam mais de 1100 ppm de fluor garantem que, mesmo havendo uma certa inativação do fluor (em casos de produtos cuja validade está vencida), uma quantidade significativa para o controle de cárie será mantida.

Qual a função do bicarbonato de sódio?

Por ser bicarbonato de sódio uma substância alcalinizante e tamponante, hipoteticamente ele poderia neutralizar os ácidos produzidos na placa dental quando da exposição ao açúcar.

Existe diferença na abrasividade das pastas?

Existem dentifrícios de abrasividade baixa, média e alta. Deve-se enfatizar que um abrasivo no dentifrício é fundamental para garantir a limpeza e o polimento dental. Desgaste e abrasão dental são mais relacionados com o modo de escovar, o tipo de escova, as substâncias ácidas (refrigerantes, enxaguatórios, frutas) consumidas ou usadas antes da escovação do que com o poder intrínseco do abrasivo.

Qual a idade ideal para introduzir a pasta dental na higiene da criança?

O ideal é que haja pais comprometidos com a saúde bucal dos filhos, e não que se estipule uma idade. Ao mesmo tempo em que o flúor dos dentifrícios é indispensável para o controle de cárie, sua ingestão deve ser controlada, devido ao risco de fluorose dental.

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Fonte: APCD

PROTETORES BUCAIS

O que é um protetor bucal?

É um dispositivo intrabucal que, quando utilizado corretamente durante prática esportiva, protege lábios e dentes e reduz a possibilidade de injúrias de cabeça e pescoço.

Quais as práticas esportivas que requerem a utilização dos protetores bucais?

Todas as atividades esportivas, particularmente as que provocam contato, quedas ou colisões com superfícies duras e que podem levar a lesões dentárias ou orofaciais, tais como: hóquei sobre gelo, handebol, futebol, futebol americano, basquete, pugilismo e rodeios. Esportes modernos, ditos radicais, como surfe, alpinismo e skate, também devem ser praticados com protetores bucais.

Quais as funções e vantagens do uso do protetor bucal?

São muitas as funções de um protetor bucal: em caso de acidentes esportivos e impactos diretos sobre a face, o protetor impede que os dentes recebam esses impactos diretamente; em caso de acidentes esportivos diretamente sobre os dentes, a presença do protetor bucal amortece e redistribui a força do impacto, evitando fraturas e/ou deslocamentos dentários; o protetor ainda mantém os tecidos moles (lábio e bochecha) distantes dos dentes, o que diminui o risco de cortes e lacerações; finalmente, o dispositivo reduz o risco de fraturas em dentes posteriores, bem como o risco de fraturas de mandíbula.

Existe um limite de idade para o uso de protetores?

Nas atividades associadas às práticas esportivas, o uso é aberto a qualquer idade, não havendo limites estabelecidos. Normalmente, os protetores bucais estão relacionados às práticas esportivas. Portanto, são mais utilizados por crianças maiores, adolescentes e adultos. No entanto, já se vislumbra a possibilidade de prevenir traumatismos dentoalveolares provocados por quedas, em crianças de tenra idade, embora a aplicabilidade da confecção e do uso nessa faixa etária ainda esteja longe de ser conseguida.

As vantagens estão sempre relacionadas à boca e aos dentes?

Não. Em menor proporção, os protetores bucais minimizam as concussões, hemorragias cerebrais e fraturas de crânio. Além disso, a utilização do protetor bucal pode proporcionar ao atleta ou esportista eventual maior segurança psicológica, melhorando sua performance.

Quais são os tipos de protetores bucais e como ter acesso a eles?

Existem os protetores esportivos pré-fabricados, encontrados em lojas esportivas, que geralmente se apresentam em três tamanhos (pequeno, médio e grande). São de baixo custo, no entanto, de eficácia duvidosa, podendo interferir na respiração e na fala. Seu uso é comprometedor também pela falta de adaptação à boca. Existem ainda os protetores confeccionados com um kit específico, que, portanto, adaptam-se melhor à boca. São compostos de uma moldeira rígida e material de preenchimento resiliente, sendo autopolimerizáveis ou polimerizados por calor. Os protetores bucais mais eficazes são aqueles fabricados pelos dentistas, que são individualizados e obtidos a partir do modelo do arco do esportista. Estes não interferem na respiração nem na fala e permitem a ingestão de líquidos, sendo mais confortáveis. Além disso, não se deslocam facilmente da boca durante a prática esportiva. É importante ressaltar que todos esses protetores são utilizados no arco superior.

Recomendam-se cuidados especiais com os protetores bucais?

Sim. Quanto ao seu armazenamento: devem ser guardados em caixas perfuradas, evitando deixá-los expostos ao sol, o que os deforma. Quanto à higienização: deve-se escová-los com creme dental e lavá-los com água fria. Quanto ao tempo de troca: deve-se controlar, com freqüência, sua adaptação à boca, especialmente em crianças e adolescentes, devido à dinâmica de crescimento e transição de dentes de leite para dentes permanentes.

O uso de aparelho ortodôntico fixo contra-indica a utilização do protetor bucal?

Não. O uso do aparelho ortodôntico constitui mais uma indicação para utilização do protetor bucal. Isso porque os “brackets” do aparelho ortodôntico, em contato com os tecidos moles da boca, facilitam cortes e lacerações. O protetor bucal, portanto, oferece proteção. Nesse caso, é importante enfatizar a necessidade de protetor duplo (nos arcos superior e inferior)

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Fonte: APCD

Seu Sorriso pode conquistar tudo.