ORTODONTIA EM ADULTOS

ORTODONTIA EM ADULTOS

Adultos também podem usar aparelhos ortodônticos?

Sim, os pacientes que possuem desajustes na posição dos dentes ou no tamanho dos ossos da face, com conseqüente desarmonia muscular, devem ser submetidos ao tratamento ortodôntico, mesmo quando em idade adulta. O descuido com a oclusão pode resultar em danos às estruturas de suporte dental (gengiva e osso), dores ou ruídos na articulação e até mesmo na perda de dentes. Devemos lembrar que ano a ano cresce a expectativa de vida do brasileiro e, visto que todos esses problemas são agravados com o aumento da idade, devemos corrigi-los o quanto antes, para garantir uma velhice saudável aos nossos pacientes.

O tratamento ortodôntico nos adultos traz os mesmos resultados que nos jovens?

Infelizmente, nos adultos, as correções são muito menos abrangentes que nos jovens, já que nestes contamos com o crescimento dos ossos e a adaptação dos músculos da face. Além disso, nas crianças, os dentes permanentes ainda estão nascendo, e assim podemos direcioná-los mais facilmente aos seus lugares definitivos. No adulto, a correção estará limitada a melhorar o posicionamento dental, e eventuais alterações de posição dos ossos faciais somente poderão ser realizadas cirurgicamente.

Quais são as principais características do tratamento no adulto?

O aumento da idade acarreta maior dificuldade de reparação dos tecidos. Esse fato é de fácil constatação em atletas: observamos que os mais novos curam-se facilmente de lesões, ao passo que os mais velhos têm recuperação bastante lenta. Essa distinção do metabolismo nas várias faixas etárias também deve ser observada na movimentação dental, realizando-se, no adulto, um tratamento mais lento e mais cuidadoso. Isso, hoje em dia, é possível graças aos recentes avanços da Ortodontia, que emprega fios compostos por titânio e molibdênio, para produzir movimentos suaves e indolores.

Os pacientes com doenças gengivais também podem ser tratados?

Enquanto a doença periodontal estiver ativa (presença de inflamação), o tratamento ortodôntico é contra-indicado. Após a estabilização do problema, o ortodontista deve proceder a cuidadosa avaliação para mensurar a extensão dos danos provocados e indicar o tipo de aparelho que mais se ajuste ao caso.

Como a ortodontia em adultos pode colaborar nos tratamentos clínicos?

Alguns pacientes apresentam problemas complexos que requerem terapias restauradoras, endodônticas, protéticas e/ou periodontais, em conjunto com a prática ortodôntica. Casos de dentes inclinados ou extruídos devido à perda precoce de seus vizinhos ou antagonistas; dentes inclusos parcial ou totalmente, assim como dentes girados, podem comprometer seriamente o trabalho clínico. Para a solução desses problemas, o ortodontista emprega aparelhos fixos totais (colocados em todo o arco dental) ou parciais (instalados em apenas alguns dentes), para proceder a pequenos movimentos dentais e, com isso, permitir o sucesso do tratamento integrado.

Qual é o tipo de aparelho mais indicado para os adultos, o fixo ou o removível?

Os aparelhos removíveis têm sua maior indicação para os jovens, uma vez que agem principalmente reposicionando os ossos e harmonizando a função muscular. Contudo, nos adultos, é necessário um dispositivo que promova o ajuste preciso da posição dos dentes, e, nesse caso, os aparelhos fixos são os indicados, por serem mais eficientes e seguros na movimentação.

Qual seria a opção mais estética para os aparelhos fixos?

Ha cerca de 20 anos iniciou-se a busca por aparelhos fixos que possuíssem um aspecto mais agradável. No início, foram fabricados os braquetes (peças que se fixam aos dentes) de plástico, que logo caíram em desuso por se deformarem facilmente e sofrerem escurecimento. Depois, a indústria de materiais ortodônticos adotou a cerâmica como principal constituinte dos aparelhos fixos estéticos, já que esse material resiste melhor às forças produzidas pelo fio e é mais resistente às manchas. Hoje, os pacientes adultos podem contar com dispositivos ortodônticos bastante eficientes e quase invisíveis.

Além da estética, existem diferenças entre o aparelho fixo metálico e o cerâmico?

O aparelho de cerâmica tem como principais desvantagens, em relação ao metálico, seu custo mais elevado e maior fragilidade à fratura. Do ponto de vista mecânico, as peças cerâmicas que possuem uma canaleta metálica no centro são as mais indicadas, pois diminuem o atrito do fio com o aparelho, reduzindo a duração do tratamento.

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Fonte: EAP – São Paulo

PERIODONTIA E O CORAÇÃO

Cardiopatas devem receber tratamento odontológico diferenciado, com atenção especial a protocolo de atendimento, abordagem do paciente e interação medicamentos Bueno de Moraes após avaliar as condições sistêmicas e periodontais de pacientes do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia em São Paulo , em 2002, observou que 92% dos indivíduos examinados deveriam se submeter a um pormenorizado tratamento periodontal e sugeriu a adoção de um protocolo médico e odon- tológico integrado no Brasil, que melhore as possibilidades da promoção da saúde dos indivíduos.

Cardiopatas necessitam de tratamento odontológico diferenciado, principalmente no quesito bacteriemia. A informação é da especialista Lenize Zanotti Soares Dias, que por sua vez evoca um estudo de Durack (1995), segundo o qual bacteriemia transitória é produzida após 60% das exodontias, 88% das cirurgias periodontais e aproximadamente 40% após escovação dentária.

Com base neste antecedente científico, conclui-se que a freqüência da bacteriemia é alta após procedimentos dentários, quando comparados com outros procedimentos terapêuticos no organismo humano, como do trato respiratório, do geniturinário, do trato gastrointestinal ou sistema vascular. Lenize adverte, portanto, que os cirurgiões-dentistas devem estar atentos para o fato de que as doenças cardíacas são os maiores problemas sistêmicos de saúde em todo o mundo e que sua prevalência aumenta com a idade.

Durante o tratamento odontológico do cardiopata, Lenize recomenda evitar alterações hemodinâmicas além das toleráveis pelo sistema cardiovascular do paciente. Para ela, também o estresse psicológico e fisiológico é um considerável gatilho das alterações na estabilidade hemodinâmica. Por isso Lenize sugere o seguinte protocolo para evitar a tensão no paciente:

– sessões mais curtas e preferencialmente pela manhã; – usar anestesia para minimizar o desconforto; – uso de medicamentos para relaxamento e controle da ansiedade, desde que em acordo com o cardiologista.

Segundo a especialista, vários autores recomendam o controle da pressão arterial em portadores de coronariopatias que venham a ser submetidos a intervenções mais invasivas como cirurgias periodontais e buco- maxilofaciais.

Interação medicamentosa

Dependendo da história médica do paciente, anestésicos locais com menor concentração, ou até mesmo sem adrenalina são recomendáveis, segundo Lenise. Soma-se a isso o máximo de precaução quanto à prática de injeções intravasculares.

Em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, aconselha-se marcar as cirurgias ou raspagens profundas após consultar o cardiologista sobre a suspensão desses medicamentos por pelo menos três dias antes da intervenção odontológica.

Deve-se também ficar atento para os efeitos colaterais de alguns medicamentos como os anticonvulsivantes, os agentes bloqueadores dos canais de cálcio e os imunos- supressores, que podem causar crescimento gengival. Os agentes bloqueadores dos canais de cálcio são utilizados para controlar problemas cardiovasculares como hipertensão arterial, taquicardia e angina. Lenize recorda que existem relatos da associação entre o crescimento gengival e o uso da nifedipina, verapamil, felodipina, nitren- dipina e diltiazem.

“Sabemos que nosso organismo possui mecanismos de defesa, porém, devemos estar atentos aos pacientes cardiopatas e quando houver dúvida, entrar em contato com o cardiologista do paciente”, orienta.

Protocolo

A Associação Americana de Cardiologia elaborou em 1997 um protocolo medicamentoso para tratamento de pacientes cardiopatas, assim como as situações clínicas em que deve ser utilizado, resumido a seguir:

A – Classificação das condições cardíacas

Alto risco: portadores de prótese valvular, história prévia de endocardite infecciosa, doenças congênitas cardíacas complexas (tetralogia de Fallot, estenose aórtica) e shunts pulmonares construídos cirurgicamente.

Médio risco: doenças cardíacas congênitas (persistência do canal arterial, defeito do septo ventricular e atrial, coartação da aorta, válvula bicúspide aórtica), disfunção valvular adquirida (doença reumática cardíaca), cardiomiopatia hipertrófica, prolapso de válvula mitral com regurgitação.

B – Profilaxia antibiótica para pacientes de risco para endocardite infecciosa

Droga de eleição:

Medicação: amoxacilina Regime para adulto: 2,0g Crianças: 50mg/kg oral, uma hora antes do procedimento

Alérgicos à penicilina – clindamicina Adulto: 600mg Crianças: 20mg/kg oral, uma hora antes do procedimento

Cefalexina ou cefadroxila – adulto: 2,0g Crianças: 50mg/kg oral uma hora antes do procedimento

Azitromicina ou claritromicina – adulto: 500mg Crianças: 15mg/kg oral, uma hora antes do procedimento

C – Procedimentos que requerem profilaxia antibiótica

Exodontias, procedimentos periodontais (incluindo cirurgias, raspagens, aplainamento radicular, sondagem e sessões de manutenção), colocação de implantes, reimplantação de dentes avulsionados, instrumentação en- dodôntica, apicectomias, colocação de fios com antibióticos subgengivais, colocação de bandas ortodônticas, anestesias intra ligamentares e profilaxia.

D – Procedimentos que não requerem profilaxia antibiótica

Dentística Restauradora (operatória ou protética), anestesias locais, colocação de medicação intracanal e de pinos intra-radiculares, colocação de dique de borracha, remoção de sutura pós-operatória, colocação de aparelho removível protético ou ortodôntico, moldagens, aplicação de flúor, ajustes ortodônticos e selantes.

Alguma sugestão importante para o atendimento clínico de cardiopatas:

– Realizar o maior número possível de procedimentos numa mesma sessão, expondo menos o paciente aos antibióticos; – Na necessidade de diversas consultas, dar intervalos de no mínimo sete dias; – Caso haja necessidade de intervalos menores, alternar o tipo de medicação; – Ter a medicação no consultório ou pedir para que o paciente disponha dela.

Responsabilidade

Lenize lembra que o cirurgião-dentista é legalmente responsável pelos problemas eletrofisiológicos advindos do uso de aparelhos eletrônicos nos pacientes portadores de marca-passo. Algumas precauções devem ser tomadas, como entrar em contato com o cardiologista para saber o tipo do marcapasso e discutir plano de tratamento, quais os riscos ao paciente e que medidas preventivas devem ser tomadas.

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Fonte: ABO

TRAUMA DENTAL

Situações de emergência envolvendo a boca e os dentes quase sempre se transformam em experiências dramáticas para pais e crianças. As estatísticas mostram que cerca de 14% das crianças e adolescentes passam, de alguma forma, por essas situações de emergência.

Por isso, é importante estar preparado para se ter a atitude correta num momento desses.

Apresentaremos, assim, os traumatismos mais comuns e qual a melhor atitude que deve ser tomada em tais circunstâncias.

Cortes e sangramentos

Quando uma criança sofre um traumatismo que provoca corte ou sangramento, deve-se colocar no lugar, sobre o ferimento, uma compressa de gaze ou pano limpo e pressionar bem, para que o sangramento seja controlado. Muitas vezes, é necessário suturar o ferimento, para que a cicatrização se processe de maneira adequada, e, tão logo seja possível, deve-se consultar um dentista.

Os primeiros passos de uma criança

Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar. 0 dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original, podendo se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca. 0 dentista deve ser consultado, para que a extensão do dano seja avaliada. Muitas vezes, esse dano é maior do que aparenta ser. Freqüentemente, é preciso radiografar o dente e observar por um período determinado. 0 dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobre futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.

Mudança de cor do dente que sofre traumatismo

É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança pode se perpetuar; nesses casos, quase sempre há perda de vitalidade do dente, e um tratamento de canal se faz necessário. Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e, em muitos casos, a cor poderá retornar, ao seu normal. 0 dentista deve ser consultado, para ser feito o acompanhamento.

Dente fraturado

É comum a fratura de um ou mais dentes em conseqüência de um traumatismo. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer que o nervo do dente se danifique. Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventualmente problemas da vitalidade futura do dente. A melhor maneira de se evitarem fraturas nos dentes é preveni-las; assim, no caso de esportes, como andar de bicicleta, andar de “Skate”, basquete, vôlei, jogos de futebol ou “rugby” e outros esportes coletivos, é importante o uso de protetores bucais. Converse com o seu dentista a respeito.

Perda total de um dente

Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer um deslocamento total do dente. É essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente, para que se aumentem as chances de salvar esse dente. Se o dente for de leite, a colocação deste de volta em seu lugar não é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima. No caso do dente permanente, o reimplante é indicado. Para que se obtenha sucesso no reimplante, é necessário:

– Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo, com pressão para que se possa controlar o sangramento.

– Ache o dente.

– Pegue o dente somente pela coroa. Não toque na raiz.

– Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue o dente.

– Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança. Não se esqueça: a parte côncava do dente é do lado de dentro da boca. Faça a criança morder uma gaze ou um pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure imediatamente um dentista.

– Se você não conseguir colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista. 0 resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período. 0 dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.

0 dente reimplantado deverá ser “fixado” pelo dentista em sua posição e ter o seu canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho de sua raiz. 0 tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes, esse tempo é o necessário para que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.

Conduta frente ao traumatismo dental

O que fazer em caso de avulsão (quando o dente sair por inteiro da boca) após um acidente?

Havendo calma, lave-o e tente recolocá-lo (se for dente permanente); se não conseguir, coloque-o em um copo com soro fisiológico, leite ou água filtrada, ou entre os outros dentes e a bochecha.

O que fazer quando ocorre fratura do dente?

Leve o fragmento dentário até o dentista, de maneira tal que esteja hidratado, como foi mencionado acima. Vale lembrar que, quanto mais rápido, maior possibilidade de se conseguirem resultados positivos no tratamento a ser realizado.

Quando houver trauma do dente-de-leite e este sair com uma pancada o que devo fazer?

O dente-de-leite não deve ser colocado na boca, como no caso do permanente. Isso porque, no caso do dente-de-leite, o germe do dente permanente está embaixo da raiz do de leite, o que poderá causar algum dano ao permanente..

Quais as conseqüências de um trauma em dente-de-leite ou em dente permanente?

Dependendo do tipo e da intensidade do trauma dental, da idade do paciente e do tempo decorrido até o primeiro atendimento, as conseqüências podem ser leves, moderadas ou graves, podendo inclusive levar à perda do elemento dental.

Um trauma dental pode ocasionar muitas seqüelas, tais como: mobilidade dentária, podendo alterar a posição do dente na arcada; quadros dolorosos; alteração na cor do dente afetado; sensibilidade do dente traumatizado durante a mastigação e; no dente-de-leite, ainda pode haver transtornos no desenvolvimento do dente permanente. Cada caso requer um tratamento específico.

Como agir frente a um traumatismo dento-alveolar?

Após o socorro inicial, no que diz respeito ao dente em si, deve-se procurar o dentis-ta rapidamente, sempre atento para informar: ONDE ocorreu o trama (é importante relatar o local, para que o dentista possa tomar algumas decisões, como, por exemplo, se há necessidade de prescrever a vacina antitetânica ou não). COMO ocorreu o trauma (a fim de detectar a gravidade do problema), QUANDO ocorreu o trauma (o tempo decorrido é de suma importância, pois determina o plano de tratamento mais coerente, fornecendo ao cirurgião dentista as informações necessárias para que sejam tomadas as devidas providências).

Quando o trauma for na cabeça, além dos dentes, o que mais deve ser observado?

Além de procurar cuidados médicos, deve ser observado se existem sinais de sonolência excessiva, vômitos persistentes, fala enrolada, convulsões e deve-se acordar a vítima de 3 em 3 horas.

Frente a um trauma, a primeira condição é ter calma para agir com a razão, e não dominado pela emoção. Não se deve esquecer da ajuda do profissional, a fim de oferecer um correto diagnóstico para o devido tratamento.

SELANTE DE FÓSSULAS E FISSURAS

O que são selantes?

Os selantes são materiais plásticos transparentes, brancos ou matizados que são usados para “pintar” as superfícies rugosas dos dentes posteriores (pré-molares e molares), as quais usamos para mastigar os alimentos, promovendo a sua proteção. 0 selante age como uma barreira, uma película protetora que, facilitando a limpeza dos restos alimentares e o controle da placa bacteriana, reduz o risco de essas superfícies cariarem-se. Essa película protetora de selante não deve ser muito espessa, pois poderá interferir na oclusão (na mordida). Ela deve apenas cobrir as superfícies rugosas dos dentes posteriores.

Por que os selantes são necessários?

Os dentes posteriores, os quais usamos para triturar os alimentos, contêm fissuras e fóssulas: pequenas ranhuras e depressões onde os restos alimentares e a placa bacteriana ficam retidos e se acumulam e onde as cerdas das escovas não conseguem limpar. A cerda de uma escova de dente é muito larga para poder alcançar o fundo desses sulcos e fissuras. Formando uma película protetora, os selantes protegem o dente dos restos alimentares e da placa bacteriana, diminuindo, assim, o risco de cárie.

Em quem os selantes devem ser aplicados?

As crianças são as maiores beneficiadas. Os selantes devem ser aplicados em seus dentes, especialmente naqueles recém-erupcionados. Os selantes são recomendados para todas as crianças, mesmo aquelas que recebem aplicações tópicas de flúor ou que vivem em uma comunidade com água fluoretada (como a Grande São Paulo). 0 flúor ajuda no combate à cárie, mas é menos efetivo nas superfícies rugosas dos dentes.

Em quem não deve ser aplicado?

Naquelas pessoas de baixo risco de cárie, com dentes que tenham sulcos e fóssulas rasas, o que permite fácil limpeza. Para ser feita a aplicação do selante, é necessário que a superfície do dente esteja limpa e seca e, portanto, o paciente deve ser colaborador.

Existe algum inconveniente?

Nenhum. Apenas deve ser aplicado quando o dentista tiver certeza de que no fundo dos sulcos não existem cáries.

Como são aplicados os selantes?

Leva cerca de poucos minutos para um dente ser selado. Primeiro, o dente que vai ser selado deve ser limpo, depois, sua superfície rugosa é preparada e o selante é aplicado, ficando aderido à superfície rugosa do dente.

0 selante pode ser aplicado em pacientes adolescentes ou adultos?

Sem dúvida, desde que o paciente apresente risco de cárie, ou seja, presença de placa cariogênica, consuma guloseimas fora dos horários das refeições principais, esteja consumindo medicamentos que diminuam o fluxo salivar ou apresente mancha pré-cariosa nos sulcos e nas fissuras.

0 selante necessita ser reaplicado?

Quando o selante é aplicado, ele “escorre” e penetra nas fóssulas e fissuras do esmalte do dente. Durante a mastigação, irá ocorrer um desgaste natural dessa película protetora e por isso, para manter o efeito protetor, há necessidade de verificação periódica durante as visitas de retorno; assim, o dentista determinará se a reaplicação é necessária. Pergunte ao seu dentista se você e seu filho podem se beneficiar com a aplicação de selantes em seus dentes posteriores.

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Fonte: APCD

PRÓTESE FIXA

O que é uma prótese fixa?

É a restauração Parcial ou total da coroa de um dente, quando se denomina prótese fixa uinitária, ou a substituição de um ou mais dentes perdidos, quando se denomina prótese parcial fixa (ou ponte-fixa). Ao ser fixada sobre os dentes do paciente, previamente preparado para recebê-la, reabilita-o para mastigar, falar ou sorrir. Recebe o nome de “fixa” por que não pode ser removida pelo paciente ou pelo dentista, a menos que este a corte com o uso de brocas especiais.

Quais os tipos de materiais utilizados?

As próteses fixas podem ser só metálicas; metálicas revestidas por um material estático plástico ou cerâmico, da cor dos dentes; de cerâmica; e, finalmente, de resinas ou plásticos especiais.

Quanto tempo dura uma prótese fixas?

A durabilidade de uma prótese fixa depende de vários fatores: 1- de um bom exame e planejamento prévios; 2- da técnica e dos materiais utilizados; 3- da fineza da adaptação da prótese aos dentes; 4- da boa relação da prótese com os tecidos gengivais; 5- da justeza da oclusão, isto é, da sua harmonia com a função mastigatória. Tudo isso vai depender do grau de especialização do dentista e do seu protético, das condições de trabalho que o paciente oferece ao seu dentista e dos seus cuidados de manutenção da saúde bucal, para que a prótese dure mais de cinco anos, que é a vida média das próteses fixas.

Há necessidade de realização de tratamento de canal dos dentes de suporte?

Por princípio, não, pois o melhor elemento de suporte é aquele dente mais íntegro na sua estrutura e com as gengivas e a polpa sadias. Porém, se há dúvidas quanto à saúde da polpa, indica-se o tratamento de canal, assim como para aqueles dentes que serão usados como suporte de ponte fixa mas estão muito inclinados, e o corte para ajustá-los ao eixo de inserção da prótese seria muito grande e danosoà integridade pulpar. Um bom tratamento de canal para esses casos evitaria ploblemas futuros que poderiam diminuir a durabilidade da prótese.

É difícil a limpeza? Causa mau hálito?

As próteses fixas unitárias, quando bem desenhadas e bem adaptadas marginalmente, comportam-se como dentes naturais na sua limpeza e exigem do paciente os mesmos cuidados, isto é, boa escovação na técnica e no tempo corretos, complementada pelo uso do fio ou fita interdental. Os portadores de ponte fixa necessitam de dispositivos especiais: passadores de fios dental, ou fios com ponta endurecida, para limpeza dos espaços protéticos. O mau desenho de uma prótese fixa, a má adaptação, o mau tratamento dados aos materiais e a limpeza insuficiente podem permitir a retensão de detritos alimentares e bactérias, causando inflamação gengival e mau hálito.

O que justifica ser tão cara?

A primeira justificativa é o tempo de mão-de-obra clínica e laboratorial; segunda é o valor da mão-de-obra especializada clínica e laboratorial: cada dentista ou protético tem o seu valor pelos critérios de qualidade final de sua prótese, fundamentos em seu conhecimento adquirido em estudos e muitos cursos, e em sua destreza e habilidade; a terceira é o valor dos materiais, equipamentos e processos necessários para a execução de qualquer prótese fixa.

Demora para ser executada?

Sim, demora. Um bom dentista não consegue fazer uma incrustação metálico-fundica, que é a prótese fixa mais simples, em uma única sessão, pois ela exigirá, no mínimo, de 3 a 4 sessões clínicas de 1 hora, e mais 3 sessões laboratoriais.

O resultado final é bom?

Sim, no geral é bom. Mas há casos de grande perda óssea que dificultam a obtenção de uma estética excelente. Nesses casos, o tratamento tem como primeiro objetivo restabelecer a função de mastigação; como segundo, a durabilidade, em terceiro lugar, a estética.

Eu fico sem os dentes durante o tratamento?

Não e não. Um bom dentista supre o seu paciente de proteção provisória adequada aos dentes preparados, com substitutos plásticos fixados com cimento de baixa resistência, possibilitando-o mastigar, falar e sorrir, satisfatoriamente, durante o tratamento.

Por que o dente perdido precisa ser substituído?

Os dentes, para funcionarem bem, precisam estar em equilíbrio nos arcos dentários superior e inferior, sempre submetidos a um sistema de forças oriundas dos músculos matigatórios, lábios, bochechas e língua. A perda de um só dente desequilibra esse sistema de forças, e os dentes movimentam-e migrando para compensar a perda. Espaços são criados, desníveis acontecem e a mastigação e a estética sofrem. Os dentes precisam ser recolocados porque eles fazem parte de um todo: o sistema mastigatório.

RADIOLOGIA

O que é radiografia?

A radiografia é o registro fotográfico de uma imagem produzida pela passagem de uma fonte de raios X através de um objeto.

Quando surgiu a radiografia e para que ela serve?

Um século depois da descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röentgen, o exame radiográfico ainda representa uma “ferramenta” fundamental do exame clínico, e sua validade é diretamente proporcional à quantidade de informações que oferece. Assim sendo, podemos dizer que o exame radiográfico auxilia o diagnóstico, colabora no plano de tratamento, orienta e controla a terapêutica.

Quais são os exames radiográficos na rotina odontológica?

O cirurgião-dentista costuma executar os exames intrabucais no seu consultório e solicita as técnicas extrabucais para serviços especializados. Na atualidade, a maioria das especialidades utiliza a técnica panorâmica por ser de fácil execução e pelo fato de que, numa radiografia, visualizam-se as estruturas que compõem o complexo maxilomandibular, assim como estruturas anexas, como órbitas, seios maxilares, fossa nasal e articulações temporomandibulares.

O que são os chamados métodos recentes aplicados à Radiologia Odontológica?

A imagem radiográfica nada mais é que a projeção de uma estrutura anatômica tridimensional numa superfície plana (filme radiográfico). Modernamente, o cirurgião-dentista dispõe de uma série de exames nos Serviços de Radiologia. Tais exames especiais fornecem subsídios em terceira dimensão que facilitam todos os procedimentos terapêuticos. Dentre eles, podemos citar os métodos de localização de corpos estranhos, dentes inclusos ou, simplesmente, de lesões que podem ocorrer na maxila e/ou na mandíbula. Pelo fato de esses exames darem a noção da terceira dimensão, os procedimentos cirúrgicos são mais precisos e genericamente menos agressivos.

Outro tipo de exame bastante difundido nos dias atuais é a tomografia das articulações temporomandibulares. Cefaléias, dores de ouvido, diminuição da audição, zumbidos e dores orofaciais podem estar associadas aos chamados distúrbios temporomandibulares. A reabilitação oral sofreu nos últimos anos um processo revolucionário associado à descoberta e ao desenvolvimento dos chamados implantes osseintegrados. Somente com os métodos de localização para implantes, executados com tomografias especiais para visualizar os rebordos alveolares, é possível prever a quantidade de tecido ósseo remanescente, assim como visualizar a relação com reparos anatômicos considerados nobres. O cirurgião-dentista moderno só consegue efetuar esses procedimentos cirúrgicos com segurança por meio desse tipo de exame.

As radiografias oferecem algum risco aos pacientes?

Embora tenhamos um certo risco radiobiológico no uso dos raios X, pesquisas científicas com- provaram que o risco associado ao uso das técnicas radiográficas intrabucais, das panorâmicas e das tomografias odontológicas é menor do que o risco da radiação de fundo ambiental (radiação cósmica, radiação do solo, raios ultravioleta) a que estamos expostos, querendo ou não. As doses de radiação das radiografias usadas na Odontologia, genericamente, são extremamente pequenas.
Mesmo assim, hoje dispomos de tecnologia para minizar os possíveis danos oriundos das radiações ionizantes na rotina odontológica. Podemos citar o uso de aventais plumbíferos, filmes ultra-rápidos, aparelhos calibrados e processamento automático. De posse desses conhecimentos, podemos afirmar que os riscos são infinitamente menores que os benefícios oriundos da Radiologia, ou melhor, da Imagenologia, na prática da Odontologia Moderna.

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Fonte: APCD

RESINA X AMÁLGAMA

Trocas de Restaurações Tenho restaurações escuras (metálicas) nos dentes posteriores. Vale a pena trocá-las por restaurações de cor branca ou da cor dos dentes?

A troca de uma restauração metálica por uma estética ou, como dizem os pacientes, “por uma branca”, pode se dar por dois motivos principais: por problemas que envolvem a saúde do dente, como uma fratura da restauração pré-existente ou mesmo por recidiva de cárie (nesse caso, a troca não é discutida e pode, perfeitamente, ser feita uma restauração estética), ou por motivo exclusivamente estético (quando uma restauração metálica em bom estado vai ser trocada, surgem, então, alguns questionamentos.)

Quais os materiais que podem ser utilizados na troca de uma restauração metálica por uma estética?

Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa, sobre o medelo, o trabalho, que é cimentado pelo dentista. A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero.

As restaurações em amálgama são realmente tóxicas e, por isso, devem ser trocadas?

Existe muita discussão sobre o poder tóxico do mercúrio nas restaurações de amálgama. Provou-se que o aumento dos níveis de mercúrio no sangue e na urina pode estar associado à presença dessas restaurações, embora nenhum trabalho tenha conseguido relacionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas causadas por mercúrio em pacientes com as restaurações de amálgama.

Quais são o melhor material e a melhor técnica?

Basicamente, a técnica direta serve para as pequenas restaurações e, quando a área a ser restaurada é muito extensa, a preferência cai sobre as indiretas; entretanto, as mais extensas podem ser feitas de modo direto, dependendo da indicação profissional. Na técnica indireta, a escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes.

No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?

Não necessariamente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho.
Nas trocas de uma restauração metálica indireta de ouro, por exemplo, dificilmente uma certa quantidade de dente sadio não vai ser sacrificada, pois são preparos com exigências diferentes.

Esse desgaste maior do dente de maneira alguma irá prejudicá-lo, pois é feito para permitir uma harmonia entre o material restaurador e o dente.

Uma restauração de material na cor do dente tem a mesma durabilidade que uma restauração antiga?

Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Dentes manchados por uma restauração de amálgama podem ser corrigidos com a troca?

O amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa desse esmalte manchado para se conseguir uma perfeita solução estética.

Como é feita a manutenção das restaurações estéticas?

A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas.

RONCO E APNÉIA DO SONO

Uma nova possibilidade de trabalho vem se abrindo na Odontologia através do tratamento de distúrbios que afetam entre 2 a 4% das mulheres adultas e 4 a 9% dos homens adultos: o ronco e a apnéia obstrutiva do sono. Até agora objetos de atenção exclusiva dos médicos, estes problemas vêm recebendo uma nova abordagem através dos dispositivos intra-orais, cuja indicação e aplicação cabe aos dentistas.

A apnéia do sono obstrutiva é a obstrução completa das vias aéreas pelo colapso dos tecidos da orofaringe, palato mole e dorso da língua, que acontece por cerca de dez segundos, de cinco a dez vezes por hora, durante o sono dos indivíduos que sofrem com o problema.

Já a hipopnéia é uma obstrução parcial, que bloqueia a passagem do ar em pelo menos 50% durante o sono em cada episódio. Quando o tônus dos tecidos da orofaringe e da língua diminui, eles se aproximam, bloqueando a passagem do ar. Além dos transtornos sociais e psicológicos, o ronco e a síndrome da apnéia ou hipopnéia do sono obstrutiva podem trazer conseqüências físicas para seus portadores.

O paciente apnéico tem em torno de três vezes mais chance de sofrer de hipertensão, arritmias cardíacas e enfarto. Além disso, a sonolência diurna excessiva causada pela má qualidade do sono desses pacientes é responsável por um aumento em torno de sete vezes nas chances de acidentes de trânsito e no trabalho.

Procurando melhorar a qualidade de vida do profissional a o Odontologia já disponibiliza para seus pacientes dispositivos intra-orais(aparelhos) que são indicados principalmente nos casos de apnéias leves e moderadas, em pacientes retrognatas e naqueles que não estão muito acima do peso

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Fonte: Texto e imagem retirados da Clínica Dr. Veit – Odontologia & Saúde

SEDAÇÃO CONSCIENTE

Analgesia Inalatória

O que é analgesia inalatória?

Também conhecida como sedação consciente, é um procedimento clínico no qual é utilizada a mistura de óxido nitroso e oxigênio, inalada previamente ao e durante o procedimento odontológico, por meio da qual o paciente apresenta diminuição da freqüência cardíaca e respiratória, proporcionando conforto e bem-estar durante o atendimento, frente ao quadro de estresse, ansiedade ou nervosismo.

A analgesia inalatória com óxido nitroso e oxigênio está indicada para quais casos?

O procedimento de analgesia inalatória está indicado para pacientes odontofóbicos, ansiosos, nervosos e doentes como diabéticos, hipertensos, ou cardiopatas controlados, etc. Vale ressaltar que, sempre que houver doenças sistêmicas, a avaliação da oportunidade de tratamento deve ser feita junto com o médico responsável.

Há contra-indicações de uso? Quais seriam?

Normalmente, em pacientes portadores de patologias do trato respiratório superior, como aumento das adenóides, desvio de septo nasal, pólipos nasais (“carne esponjosa”), patologias do seio maxilar (sinusite infecciosa), e do trato respiratório inferior (infecções pulmonares, doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC – e doenças do volume pulmonar, como enfisema e bronquite crônica), além de pacientes com histórico de acidente vascular cerebral (derrame). Em pacientes psiquiátricos, paranóicos, esquizofrênicos e psicóticos, o uso da máscara nasal pode ser dificultado.

Quais são os benefícios e as vantagens de utilização da técnica?

A analgesia é de fácil aplicação, provocando a redução da freqüência cardíaca e respiratória, proporcionando conforto e bem-estar, eliminando a ansiedade e o estresse causado durante o atendimento odontológico. A analgesia, porém, não deprime o miocárdio (músculo do coração) e a função hepática (fígado), não provoca irritações nas mucosas e não produz espasmos brônquicos.

E quais seriam as desvantagens?

Ifelizmente a técnica ainda é pouco difundida no Brasil, sendo cara a aparelhagem necessária. O profissional precisa estar habilitado, capacitado e devidamente treinado à realização do procedimento clínico sob analgesia inalatória.

Há riscos na sua utilização?

Basicamente, não há riscos. Entretanto, pela possibilidade da interferência na síntese de DNA, o emprego em gestantes é contra-indicado. Atenção especial em pacientes anêmicos, leucêmicos e imunocomprometidos.

No atendimento, o paciente é monitorado?

Sim. Durante todo o procedimento de analgesia inalatória por óxido nitroso e oxigênio, o paciente deve ser monitorado por oximetria (taxa de oxigênio no sangue), eletrocardiograma (mede a atividade elétrica do coração) e pressão arterial.

Há reações adversas decorrentes de sua utilização?

Desde que seguido corretamente o protocolo de utilização, são raras as reações adversas. Pouquíssimos pacientes apresentam náuseas e, para evitar esse desconforto, é recomendado estar em jejum antes da aplicação.

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Fonte: APCD

RANGER OS DENTES

Conhecendo a placa de mordida

O que é a placa de mordida?

É um aparelho confeccionado em acrílico ou silicone que é colocado sobre os dentes e que apresenta três funções principais: a primeira é a de proteger os dentes de se desgastarem em pacientes que apresentam parafunção, como o bruxismo (hábito de ranger dentes); a segunda é a de aliviar as articulações temporomandibulares (localizadas em frente aos ouvidos) contra as forças excessivas que se formam durante a parafunção; e a terceira é a de induzir o relaxamento da musculatura, o que ocorre em apenas alguns casos.

Qual é a sua indicação?

A placa de mordida tem várias indicações. A mais comum é para pacientes que apresentam bruxismo, com a finalidade de proteger os dentes do desgaste. Outra indicação importante é para pacientes que têm problemas nas articulações temporomandibulares e podem apresentar estalidos e travamento.

Como deve ser utilizada?

A utilização da placa depende do diagnóstico. Para os pacientes que rangem os dentes à noite, o seu uso deve ser predominantemente noturno.

Como deve ser a conservação da placa de mordida?

De manhã, a placa deve ser limpa com escova macia e sabonete ou pasta dental e mantida dentro de um recipiente apropriado, com algodão umedecido.

A placa resolve o problema da articulação temporomandibular?

Não. O ato de ranger e apertar os dentes pode ser controlado ou reduzido com o uso da placa de mordida, mas a resolução do problema ocorrerá com o passar do tempo, independentemente do uso da placa. Os problemas articulares poderão ser “acomodados” com a utilização da placa, pois são de auto-resolução e a placa será o agente responsável por reduzir os sintomas. Atualmente, considera-se a utilização da placa como um dos meios de controle dos problemas temporomandibulares. Outros meios de tratamento como fisioterapia, medicação e controle de estresse são também utilizados.

Quando deve ser substituída?

Caso tenha sido confeccionada apropriadamente a mesma placa pode ser utilizada durante todo o tratamento (aproximadamente 6 meses). Porém, se o tratamento se prolongar por mais tempo, se a placa fraturar, ficar amarelada ou com deposição de tártaro, ela deverá ser substituída.

Quando a placa é indicada para dor de cabeça?

A dor de cabeça pode ter inúmeras causas distintas. Feito o diagnóstico e constatada que a dor é de origem muscular ou articular, a placa pode ser um coadjuvante no tratamento, sendo que, geralmente, há também necessidade de medicamento ou fisioterapia.

A placa deve ser mole ou dura?

Pode ser confeccionada em acrílico ou silicone. A placa de silicone é mais confortável, porém seus efeitos são menos controláveis e, por serem mais porosas, retêm mais bactérias e podem causar mau cheiro. Portanto, a placa de acrílico é a mais indicada na maioria dos casos.

Por quanto tempo a placa deve ser utilizada?

A maioria dos problemas de desordem temporomandibular e dor orofacial pode ser controlada em um período médio de 6 meses de uso noturno. Entretanto, em alguns pacientes, devido a fatores como bruxismo exagerado, depressão e estresse, a placa poderá ser utilizada por um período mais prolongado, sob controle periódico do dentista.

A placa de mordida necessita de manutenção?

Conforme a musculatura relaxa ou a placa se desgasta, a oclusão se modifica, devendo, então, ser ajustada periodicamente.

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Fonte: APCD

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