A fixação zigomática é um implante que se diferencia dos convencionais pela sua fixação ao corpo do osso zigomático, popularmente conhecido como maça do rosto. E apresentar diferentes características tais como: tamanho, diâmetro e angulação específica. Foi desenvolvida como nova alternativa para o tratamento de pacientes com atrofia maxilar severa, em substituição ao uso de enxertos para paciente que não desejam realizar enxertos ósseos. Visa a reabilitação funcional e estética desses pacientes através da instalação de uma prótese fixa superior substituindo as próteses totais móveis. As técnicas de reconstrução maxilar através de enxertos ósseos apresentam, inevitavelmente, algum componente de risco, uma vez que demandam da boa técnica cirúrgica, boa qualidade dos tecidos moles que recobrem o enxerto, grande cooperação por parte do paciente, assim como situação geral de saúde que favoreça o reparo.
CASO 1
Foto inicial imediatamente após a cirúrgia
Após 72 horas – caso final
O desenvolvimento da fixação zigomática representou uma excelente alternativa para o prognóstico dos tratamentos reabilitadores de maxilas atróficas. Inicialmente, tal recurso foi idealizado para o tratamento de pacientes vitimas de traumatismos e cirurgias respectivas tumorais, , traumatismos ou defeitos faciais congênitos onde existe grande perda das estruturas maxilares. Num segundo momento do desenvolvimento dessa tecnologia, implantes zigomáticos foram aplicados em pacientes que apresentavam atrofia maxilar severa onde uma Prótese Total convencional muco suportada apresentaria dificuldades de adesão ou retenção na área. Nesses casos, técnica poderia significar uma simplificação do próprio tratamento, com diminuição de custos, tempo de execução e sofrimento por ser menos invasivo e mesmo prognostico de sucesso das fixações convencionais. A Fixação Zigomática (FZ) pode ser também empregada em casos de atrofia severa maxilar onde existe ampla extensão alveolar de seio maxilar uni ou bilateralmente. De maneira geral, eles seriam tratados através de grandes enxertos ósseos autógenos onlay, em toda extensão dos processos alveolares combinados com levantamento do assoalho dos seios maxilares e assoalho nasal . No entanto, muitos pacientes não estão dispostos ou não apresentam condições para se submeter à retirada do enxerto da crista ilíaca, a um período longo de consolidação do enxerto e a um novo período para instalação dos implantes e osseointegração.
CASO 2
Foto com implantes agulhados – foto logo após a cirurgia
Resultado final
A fixação zigomática é caracterizada por um implante longo, com comprimento que varia de 30 a 52,5mm, geralmente constituído de material importado de empresas como Nobel-Biocare (Suécia-U.S.A.) ou 3I Implants Innovations(U.S.A.) . Esta dimensão se justifica, pois este implante irá fazer sua ancoragem em região no corpo do zigoma Nesses casos, o implante zigomático poderá ser utilizado associado à implantes convencionais na região anterior a fim de possibilitar a estabilização e suporte, reduzindo as resultantes de forças horizontais quando submetidos a cargas. A principal vantagem é diminuir o tempo e o custo de tratamento, gerar menor trauma cirúrgico,sem a necessidade de enxertos ósseos devolvendo ao paciente suporte labial, um bom posicionamento dos dentes, um restabelecimento estético-funcional em um período médio de 72 horas após a cirúrgia Devemos observar alguns fatores que contra- indicam e ou limitam a realização da técnica, tais com: processos infecciosos e patológicos do seio maxilar que não foram tratados, pacientes com comprometimentos sistêmicos,quadros de ansiedade e desvio de comportamento devem merecer uma abordagem clinica simultânea. Protocolo dos exames inclui necessariamente; exames de diagnostico pré-operatórios, radiografia panorâmica, radiografia póstero-anterior do seio maxilar (Waters), telerradiografia, e prototipagem: pode ser realizada como alternativa para melhor prever a posição da fixação e sua dimensão. Pelo envolvimento cirúrgico e dificuldade técnica é aconselhável o uso de anestésico local , com sedação endovenosa assistida por médico anéstesiologista em local apropriado para a intervenção,para um perfeito planejamento e indicação da fixação zigomática. Deve-se realizar a instalação dos implantes zigomáticos, em seguida finalizado com a colocação de implantes convencionais na região anterior Caso o paciente tenha uma impossibilidade óssea deve ser colocado o maior número de implantes possível. São escolhidos e colocados os intermediários protéticos guiados pela necessidade estética, conveniência de resolução protética e, principalmente pela adequação de área de higienização e conforto fonético para o paciente. O tratamento protético deve ser finalizado em até 72 horas após a cirurgia.
O desenvolvimento da fixação zigomática trouxe novas possibilidades para os profissionais que se dedicam à reabilitação de maxilas atrésicas. Para os pacientes, representou, uma esperança no tratamento do edentulismo,que possuem pouca massa óssea na região maxilar e que por isto,não poderiam receber uma prótese convencional, normalmente quem usa dentadura há mais de dez anos se encaixa nesse perfil, pois há uma reabsorção óssea natural. A fixação zigomática representa mais uma alternativa, talvez a última, para reabilitação estética, mastigatória, funcional e social dos pacientes portadores de severa atrofia alveolar maxilar. o que traz ao cirurgião grande responsabilidade no tratamento. O uso dos implantes Zigomáticos vem se tornando mais comum dentro da implantodontia. É importante ressaltar que a experiência da equipe reabilitadora é fundamental para o sucesso da técnica proposta.
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Fonte: site da Clínica Jório da Escóssia