PIERCING

PIERCING

Conseqüências e complicações do uso do piercing na cavidade oral

Estudos mostram que a popularidade do uso de jóias em lugares não convencionais, como umbigo, mamilos, sombrancelhas, lábios e língua têm crescido significativamente. Apesar da prática de aplicação de piercing apresentar-se como modismo dos tempos atuais, verifica-se historicamente que, desde o antigo Egito, o piercing já era usado no umbigo como sinal de realeza.

Já os Romanos usavam piercing no mamilo como sinal de virilidade e coragem (Maibaum W. e Margherita A-1997).

Os Maias usavam na língua por motivos espirituais, na América do Norte, o percing era urna tradição dos Sioux (Botchway C. e Kuc 1-1998).

A influência do piercing labial parece ter origem no Alaska com os esquimós e Aleutas, onde era utilizado para representar diferentes acontecimentos na vida das pessoas, como a passagem para a puberdade e a iniciação no mundo da caça e do casamento (Boardman R. e Smith A.- 1997).

O piercing intra-oral vem sendo motivo de preocupação e discussão pelos odontólogos devido suas interferências prejudiciais na cavidade oral.

As complicações podem ser de origem infecciosa ou não. As implicações infecciosas ocorrem ou por meios de técnicas e instrumentais precários ou não esterelizados; ou após o piercing, quando a ferida não é tratada adequadamente (Reichl R. B. e Dailey J.C.-1996). A colocação do piercing oral geralmente é feita sem anestesia, por pessoas que não apresentam qualquer tipo de licença.

A perfuração na língua é feita com uma agulha espessa padrão 14 (seu diâmetro é sete vezes maior que a agulha utilizada nos consultórios odontológicos), e urna peça temporária, maior que a definitiva, é colocada durante o período de inflamação, que ocorre entre três a cinco semanas de cicatrização. A linha média da língua é o local mais comumente selecionado para o piercing, uma vez que as veias, artérias e nervos linguais correm lateralmente a linha média. Hemorragias ou injúrias a nervos não são freqüentes. A língua é marcada no centro a mais ou menos 2,5 cm da ponta (Boardman R. e Smith A.-1997). Pesquisas relatam que as potenciais complicações relacionadas ao uso do piercing na cavidade oral são:

– retrações gengivais;

– fraturas dentárias;

– perda da gustação;

– interferência na fala

– mastigação e deglutição

– dano pulpar por trauma crônico

– aumento do fluxo salivar

– transmissão de infecção sistêmica como AIDS e hepatite B, C, D e G;

– infecção lingual localizada;

– disseminação de infecção com edema, podendo levar à angina de Ludwig e obstrução das vias aéreas;

– hemorragia;

– aspiração de parte do piercing;

– alergia ao metal do piercing;

– dificuldade de tomadas radiográficas;

– infecção pelo sangue, septicemia e síndrome de choque tóxico;

– formação de quelóide, pseudolinfoma, linfadenopatia e reação tipo sarcoidal.

Em um estudo em São Francisco, Rebecca Boardman e Richard Smith(1997) relacionaram os problemas e complicações derivados de piercing aplicados na língua e nos lábios, por meio de um questionário. Foi observado, em uma amostra de 51 pacientes com piercing na língua, que 25,49% apresentaram danos aos dentes, 3,92% necessitaram de tratamento médico ou odontológico, 7,89% apresentaram injúria gengiva, 5,88% tiveram infecção, 15,68% ficaram com fluxo salivar aumentado e o tempo médio de cicatrização foi de 3,97 semanas. Por outro lado, em 24 pacientes com piercing nos lábios, foi observado que nenhum apresentou danos aos dentes, necessidade de assistência médica ou odontológica, assim como nenhum caso de infecção, 12,5% apresentaram injúria gengiva, 33,33% perceberam aumento no fluxo salivar e o tempo médio de cicatrização foi de 5,06 semanas (Boardman R. e Smith A.-1997).

Afinal, piercing pode causar câncer?

Ainda não há estudos que comprovem isso, mas desconfia-se que, sim, o modismo pode mesmo ser um fator de risco.

Afinal, infecções gengivais e limpeza malfeita – comuns em quem tem o adorno na língua ou na mucosa – predispõe a tumores, segundo a Associação Brasileira de Odontologia.

Várias pesquisas associam o piercing a alergias, halitose, alterações na fala, hemorragias, traumas no céu da boca e periodontite.

Sem falar que as precárias condições de higiene durante o procedimento para colocar o acessório favorecem a transmissão de hepatite e mesmo a AIDS.

Galeria

Fonte: APCD

TRATAMENTO ENDODÔNTICO

O que é Tratamento Endodôntico?

É a remoção do tecido mole que se encontra na parte mais interna do dente (câmara e canal), e que recebe o nome de polpa. Esta pode estar sadia ou infectada e, ao ser removida, é substituída por um material obturador.

Quais são os sintomas mais característicos para se indicar o tratamento endodôntico?

Dor expontânea – isto é, o dente começa a doer sem estímulo – de forma latejante, não muito bem localizada e que aumenta com o calor. Nesse caso a polpa ainda está viva, porém inflamada, e o uso de analgésicos não resolve. Já quando há morte da polpa, geralmente a dor é bem localizada, havendo sensação de “dente crescido” e dor ao martigar. Além disso, ao se baixar a cabeça, tem-se a sensação de que o dente pesa.

Sempre que um dente dói, deve receber tratamento endodôntico?

Não. Os dentes podem ter resposta dolorosa a qualquer estímulo fora do normal: frio intenso, calor intenso, doce e salgado. Esses sintomas são observados em dentes cariados, em dentes com o colo exposto (retração das gengivas) e em dentes submetidos a carga intensa (durante a mastigação). Nesses casos, removendo-se a causa, cessa a sensibilidade.

Em quantas sessões se faz um tratamento endodôntico?

Quando a polpa é viva e sem inflamação, uma sessão é suficiente; polpa viva e inflamada, 2 sessões. Com polpa mortificada, são necessárias mais sessões.

O tratamento é meio dolorido?

Com o uso da anestesia, o tratamento é indolor e, às vezes, nos casos de polpa mortificada, nem é preciso anestesiar. Pode ser desconfortável por ser necessário permanecer muito tempo com a boca aberta.

Após as sessões de tratamento é comum sentir dor?

Não. O que pode acontecer nas primeiras 48 a 72 horas é ficar com uma sensação dolorosa decorrente da aplicação do anestésico e da manipulação do dente, que pode ser resolvida pela ingestão de analgésicos tipo AAS, sempre de acordo com a orientação do profissional.

Um dente já tratado pode receber novamente tratamento endodôntico? Em que casos isso é necessário?

Sim, geralmente quando, no primeiro tratamento, não foi possível seguir os padrões exigidos: limpeza (remoção de todos os microorganismos), preenchimento hermético do canal com o material obturados e etc. Essas incorreções podem provocar lesões na ponta da raiz (periápice) do tipo abcessos e lesões crônicas.

Esse tratamento é completamente eficiente?

Sim, desde que bem executado e que os outros procedimentos que reconstituirão o dente, como restauração, coroas, incrustações, tratamento gengival, etc., também sejam bem executados.

O dente morre depois do tratamento?

Não, pois todo o suporte desse dente permanece vivo: osso, membrana periodontal (fibras que fixam o dente ao osso) e cemento (camada que recobre as raízes). O incoveniente é que, como é a polpa que confere a sensibilidade ao dente, se o mesmo for novamente atacado por cárie, isso não será percebido devido a ausência de sensação dolorosa. Outro possível problema é que o dente torna-se mais frágil, e isso deve ser levado em conta no momento da execução da restauração definitiva, que, nesse caso, deve ter características diferentes.

Sempre que se trata o canal o dente escurece?

Não. O que acontece é a perda do brilho, o que dá um aspécto mais amarelado. O escurecimento acentuado só ocorre quando o dente sofre uma hemorragia ou mortificação pulpar antes do tratamento ou, então, por erro técnico.

O que poderá ocorrer se o tratamento endodôntico não for realizado?

Poderá se desenvolver uma lesão na região apical (infecção na raiz e nos tecidos vizinhos), que poderá ter conseqüências mais sérias, como dor intensa, inchaço, febre e bacteremia (bactérias na corrente sangúínea). A única solução a partir daí poderá se a extração do dente.

Galeria

Fonte: APCD

RETRAÇÃO GENGIVAL

0 que é retração gengival?

É o deslocamento da gengiva, provocando a exposição da raiz do dente. Isso pode ocorrer em um só dente ou em vários. A causa não é fácil de determinar.Existem várias hipóteses: traumatismo por escovação (fricção exagerada com escova de cerdas duras); inflamação da gengiva pela presença da placa bacteriana; trauma oclusal (forças excessivas sobre o dente causadas por má posição dentária ou por restaurações “altas”); restaurações desadaptadas na região gengival; posição alta dos freios labiais e lingual; movimentos ortodônticos realizados de maneira incorreta; dentes apinhados (encavalados); pouca espessura do osso que recobre a raiz.

Por que nessa situação os dentes ficam mais sensíveis?

Devido à exposição da raiz, a camada que a reveste (cemento) desaparece, expondo a dentina, que é sensível. Bochechos com soluções fluoretadas podem amenizar o problema.

Tem relação com a idade?

Uma certa retração gengival generalizada é percebida com o passar dos anos e considerada normal. Algumas pessoas são mais susceptíveis que outras. A retração pode avançar em alguns períodos e, em outros, permanecer estacionária.

Existe tratamento? 0 que ocasiona essa retração?

Normalmente, o que se faz é evitar a evolução desse processo por intermédio de escovação adequada, limpeza profissional, ajuste oclusal, remoção de hábitos nocivos, remoção de excessos de materiais restauradores, se houver, e, se for o caso, corrigir a má posição do dente com aparelho ortodôntico.

É possível recobrir a raiz novamente?

Sim, por intermédio de técnicas cirúrgicas utilizadas principalmente em retração de um ou no máximo dois dentes. São cirurgias de resultados não previsíveis, em que, em determinadas situações, vale a pena tentar. São feitas principalmente visando à estética.

Se não se fizer a cirurgia, pode-se perder o dente?

A retração, por si só, não provoca a perda do dente, desde que as causas sejam eliminadas e que não haja inflamação.

HIGIENIZAÇÃO DAS ESCOVAS DE DENTES

Contaminação de Escovas Dentais

As escovas dentais apresentam-se contaminadas por microrganismos?

As escovas dentais, após serem utilizadas para a higiene bucal uma única vez, por 1 a 4 minutos, e armazenadas em condições usuais, podem se tornar contaminadas por diferentes tipos de bactérias, inclusive estreptococos do grupo mutans (microrganismos causadores da doença cárie), vírus, leveduras, parasitas intestinais, provenientes da cavidade bucal ou do meio ambiente. Pode haver contato entre escovas de diferentes membros da família nos recipientes sobre a pia ou nos armários de banheiro. Também, torna-se muito difícil o controle da ocorrência de contato salivar entre indivíduos em ambientes como creches, pré-escolas e outras instituições que abrigam crianças de idade precoce, podendo a escova ser trocada e/ou compartilhada inadvertidamente. Dessa forma, sua desinfecção deve ser efetuada.

Como deve ser efetuada a desinfecção das escovas dentais após sua utilização?

A melhor opção é lavar a escova após seu uso, remover o excesso de água e borrifar um anti-séptico acondicionado em frasco spray (adquirido em farmácias de manipulação) em todas as direções da cabeça das escovas, particularmente nas cerdas. Em seguida, a escova pode ser guardada no armário do banheiro. Antes da próxima escovação, a escova deve ser lavada em água corrente. Após a escovação, não secar a escova com toalha de banho ou de rosto, pois isso pode aumentar ainda mais a contaminação. O excesso de água deve ser removido por meio de batidas da escova na borda da pia do banheiro. Essa é uma forma prática e econômica de se efetuar a desinfecção das escovas, uma vez que o mesmo frasco para guardá-las pode ser utilizado por todos os membros da família.

Quais substâncias devem ser empregadas para a desinfecção das escovas?

O gluconato de clorexidina a 0,12% e o cloreto de cetilpiridínio a 0,05% são eficazes na eliminação dos estreptococos do grupo mutans das cerdas das escovas dentais.

Como deve ser acondicionada a escova dental?

Não há que se reprovar a iniciativa da indústria, que desenvolveu modelos de escovas dentais que vêm acompanhadas de um estojo para proteger as cerdas, pois ele é útil quando guardamos as escovas na bolsa, por exemplo, evitando o seu contato com dinheiro, carteira etc. Porém, no dia-a-dia, a escova deve ser conservada em local seco, após a desinfecção com anti-séptico. Alguns estudos comprovaram que escovas dentais que permanecem fora do armário no toalete podem ser infectadas por coliformes fecais. Isso ocorre porque microrganismos como os coliformes fecais, presentes no aerossol que se forma após a descarga, podem depositar-se nas cerdas da escova sobre a pia do banheiro e proliferar. Dessa forma, após a desinfecção, as escovas devem ser guardadas no armário do banheiro.

O tipo de dentifrício empregado durante a escovação influencia a contaminação das escovas dentais por microrganismos?

A contaminação microbiana das cerdas das escovas dentais sofre a influência de inúmeros fatores, destacando-se o tipo de dentifrício, que pode conter agentes antimicrobianos como o flúor ou o triclosan, os quais ocasionam uma redução dessa contaminação. O uso de dentifrício contendo triclosan reduz em até 60% a contaminação bacteriana por estreptococos do grupo mutans, enquanto o dentifrício fluoretado reduz a contaminação em, aproximadamente, 23%.

Qual o período de vida útil de uma escova?

As escovas dentais devem ser trocadas freqüentemente: indivíduos sadios devem trocar suas escovas a cada 3 a 4 meses; indivíduos com gripe ou outras doenças infecciosas devem trocá-las no início e após a cura; indivíduos que sofreram quimioterapia ou que são imunodeprimidos devem trocá-las a cada 2 dias; e indivíduos que sofreram grandes cirurgias devem trocá-las diariamente. No entanto, essa alta freqüência de troca de escovas é inviável, sendo satisfatório um tempo de 3 a 4 meses, desde que as escovas sejam submetidas à desinfecção diariamente.

Qual o protocolo indicado para a higienização das escovas dentais?

Para o controle diário da contaminação das escovas dentais, é importante que, previamente à escovação, seja efetuada a lavagem das mãos. Após a realização da escovação, a escova deve ser adequadamente lavada em água corrente e deve ser realizada a remoção do excesso de umidade. Em seguida, deve-se borrifar sobre a cabeça da escova, particularmente sobre as cerdas, um antimicrobiano sob a forma de spray, sendo a escova mantida, então, em local fechado. Previamente à próxima utilização, a escova deve ser adequadamente lavada em água corrente. O impacto dessas medidas sobre a saúde bucal é ainda desconhecido.

Galeria

Fonte: APCD

HIGIENE BUCAL EM PACIENTES QUE USAM APARELHOS ORTODÔNTICOS

Por que durante o tratamento ortodôntico com aparelho fixo a higiene bucal é difícil?

A instalação do aparelho ortodôntico fixo e a presença de braquetes (peças coladas nos dentes), bandas (anéis cimentados nos dentes), fios e demais acessórios fazem com que aumentem as áreas que retêm os alimentos, provocando, assim, um maior acúmulo de placa bacteriana.

O que é placa bacteriana?

É uma película de cor branca, cinzenta ou amarelada que se adere ao dente, em volta dos braquetes, e é constituída de restos de alimentos, microrganismos, células descamadas. A falta de higiene bucal faz com que ela se torne espessa e de difícil remoção.

O tipo de alimentação interfere na higiene bucal e no bom andamento do tratamento ortodôntico?

Sim. Deve-se evitar a ingestão de alimentos açucarados e pegajosos: balas, pirulitos, chicletes, que prejudicam os dentes, aumentando o risco de contrair a doença cárie. Evitar também a ingestão de alimentos duros como a pipoca e o amendoim e frutas como a maçã e a pêra, que devem ser cortadas em pedaços, pois o impacto da mordida pode danificar o aparelho fixo.
É verdade que o aparelho ortodôntico fixo mancha os dentes?

Não. O que pode acontecer é a falta de higiene do paciente provocar um acúmulo de placa bacteriana, principalmente ao redor dos braquetes (peças coladas nos dentes). Como a placa concentra restos alimentares e microrganismos vivos, vai haver uma deterioração da superfície do esmalte, provocando manchas brancas ou marrons e, posteriormente, cáries.

Como proceder com a higiene para que, durante o tratamento ortodôntico com aparelho fixo, não ocorram cáries e a gengiva se mantenha saudável?

Os pacientes que usam aparelhos ortodônticos fixos devem ter atenção redobrada quanto à higiene, com controle constante e orientações dadas pelo ortodontista.

E em relação aos aparelhos removíveis?

Recomenda-se, além da higiene dos dentes, a do aparelho com a mesma freqüência, escovando-o diariamente com creme dental, buscando-se evitar a retenção de placa no aparelho, e o consequente sabor desagradável. Mensalmente, pode-se deixar o aparelho imerso em um anti-séptico bucal e ou agua oxigenada 10 volumes por 15 minutos. Nunca se deve ferver o aparelho.

Qual a escova dental recomendada?

A escova dental apropriada é aquela com cerdas arredondadas e macias. Existem no mercado escovas dentais próprias para a higiene do aparelho fixo, com pequenos tufos (unitufo, bitufo), com cerdas recortadas em forma de “v” para facilitar na limpeza dos braquetes e as com duas fileiras de cerdas (“sulcus”). A vida útil das escovas dentais dos pacientes ortodônticos é menor. Portanto, ela deve ser substituída sempre que necessário.

Qual o creme dental recomendado?

Os cremes dentais ou dentifrícios possuem valor cosmético (creme, ungüento) e valor terapêutico (flúor e substâncias antibacterianas). Os dentifrícios do mercado brasileiro contêm flúor em condições de inibir o desenvolvimento da cárie e tornar as camadas superficiais do esmalte mais resistentes.

Qual a técnica de escovação recomendada?

A duração da escovação é importante. Existem diferentes técnicas que devem ser ajustadas individualmente a cada paciente. A escovação horizontal (vai-e-vem) deve ser evitada: ela machuca a gengiva e provoca erosão (cavidades) nos dentes. Os movimentos com a escova no sentido da gengiva para os dentes, como se estivesse “varrendo” e, ao mesmo tempo, massageando a gengiva, ajuda a remover a placa bacteriana e a manter a gengiva saudável.

Além da escova dental, quais outros procedimentos para melhorar a higiene?

O uso do fio dental é muito importante. Deve-se lançar mão do passa fio (uma agulhinha de plástico), que ajuda a passar o fio entre os dentes. O uso de bochechos com soluções fluoretadas (fluoreto de sódio a 0,05%, 1 vez ao dia, de preferência à noite, antes de dormir) auxilia na proteção do esmalte dos dentes e inibe a aderência de placa bacteriana. Essa solução não deve ser engolida. Sempre que possível, os pacientes devem levar ao consultório suas escovas para praticar a escovação sob supervisão do ortodontista.

Galeria

Fonte: APCD

MOBILIDADE DENTAL

Mobilidade natural, “fisiológica”

Os dentes naturais apresentam uma pequena mobilidade, isto é, quando os dentes estão em função, eles sofrem uma movimentação dentro do seu alvéolo que é considerada normal (fisiológica). Essa mobilidade é conferida pelo ligamento periodontal que, a grosso modo, são fibras que unem o dente ao alvéolo (osso ao redor do dente).

Mobilidade causada por acidentes

Quando o dente sofre uma pancada (traumatismo), o ligamento periodontal, que é composto por fibras, é então estirado ou comprinúdo. A conseqüência disso é um aumento da mobilidade do dente. Quanto maior o trauma, maior será a mobilidade desse dente. Normalmente, a cura é espontânea e, em casos mais severos, é necessário fixar o dente traumatizado temporariamente.

Mobilidade causada por doença periodontal

A doença periodontal provoca a reabsorção do osso alveolar que circunda o dente e também a destruição do ligamento periodontal. Essa destruição, causada por bactéria, é gradual, lenta e indolor e, como conseqüência, provoca um aumento progressivo da mobilidade dental, que agora já não é mais considerada fisiológica. Há a necessidade de tratamento, que consiste inicialmente em fazer raspagem da placa bacteriana aderida à superfície radicular.

Mobilidade relacionada à articulação dentária

Quando um dente estiver mal posicionado, pode interferir na mordida (relacionamento dos dentes superiores e inferiores). Como conseqüência, esse dente receberá uma carga excessiva, a qual poderá causar um aumento da mobilidade. Há necessidade de ajuste para distribuir forças mastigatórias entre todos os dentes.

Mobilidade relacionada com prótese e restauração

Os dentes não se encontram isolados na boca, eles fazem parte de uma engrenagem. Os dentes superiores se relacionam com os inferiores em várias posições e de uma forma dinâmica (oclusão). Quando se realiza uma prótese ou uma restauração, esta deverá respeitar a oclusão se não, poderemos ter o que se chama “contacto prematuro”. Esse contacto interferente poderá causar mobilidade dental, pois haverá um aumento de carga sobre esse dente restaurado. Para a correção, deverão ser realizados ajustes nesses trabalhos ou, ainda, a sua substituição.

Mobilidade causada por pulpites (inflamação da polpa dentária)

Essa inflamação, que ocorre dentro do canal, pode provocar também uma inflamação das fibras periodontais que circundam a raiz do dente afetado. Em decorrência disso, temos uma maior mobilidade e esta pode ser acompanhada de um descolamento (extrusão) dando a sensação de dente “crescido”. Após o tratamento endodôntico (canal), a inflamação desaparece e o dente volta a seu lugar e a ter a mobilidade natural (fisiológica).

Mobilidade causada por tratamento ortodôntico (correção de dentes mal posicionados)

Para a correção da má posição de um dente, é necessário aplicar uma determinada força nele, fazendo a movimentação do dente. Isso é feito através de aparelhos ortodônticos fixos ou móveis. Entretanto, esse tratamento provoca um aumento na mobilidade do dente, principalmente logo após a ativação (apertamento) do aparelho. Depois de 48 horas, a mobilidade excessiva volta a níveis normais.

Fonte: APCD

IMPLANTE ZIGOMÁTICO

A fixação zigomática é um implante que se diferencia dos convencionais pela sua fixação ao corpo do osso zigomático, popularmente conhecido como maça do rosto. E apresentar diferentes características tais como: tamanho, diâmetro e angulação específica. Foi desenvolvida como nova alternativa para o tratamento de pacientes com atrofia maxilar severa, em substituição ao uso de enxertos para paciente que não desejam realizar enxertos ósseos. Visa a reabilitação funcional e estética desses pacientes através da instalação de uma prótese fixa superior substituindo as próteses totais móveis. As técnicas de reconstrução maxilar através de enxertos ósseos apresentam, inevitavelmente, algum componente de risco, uma vez que demandam da boa técnica cirúrgica, boa qualidade dos tecidos moles que recobrem o enxerto, grande cooperação por parte do paciente, assim como situação geral de saúde que favoreça o reparo.

CASO 1

Foto inicial imediatamente após a cirúrgia

Após 72 horas – caso final

O desenvolvimento da fixação zigomática representou uma excelente alternativa para o prognóstico dos tratamentos reabilitadores de maxilas atróficas. Inicialmente, tal recurso foi idealizado para o tratamento de pacientes vitimas de traumatismos e cirurgias respectivas tumorais, , traumatismos ou defeitos faciais congênitos onde existe grande perda das estruturas maxilares. Num segundo momento do desenvolvimento dessa tecnologia, implantes zigomáticos foram aplicados em pacientes que apresentavam atrofia maxilar severa onde uma Prótese Total convencional muco suportada apresentaria dificuldades de adesão ou retenção na área. Nesses casos, técnica poderia significar uma simplificação do próprio tratamento, com diminuição de custos, tempo de execução e sofrimento por ser menos invasivo e mesmo prognostico de sucesso das fixações convencionais. A Fixação Zigomática (FZ) pode ser também empregada em casos de atrofia severa maxilar onde existe ampla extensão alveolar de seio maxilar uni ou bilateralmente. De maneira geral, eles seriam tratados através de grandes enxertos ósseos autógenos onlay, em toda extensão dos processos alveolares combinados com levantamento do assoalho dos seios maxilares e assoalho nasal . No entanto, muitos pacientes não estão dispostos ou não apresentam condições para se submeter à retirada do enxerto da crista ilíaca, a um período longo de consolidação do enxerto e a um novo período para instalação dos implantes e osseointegração.

CASO 2

Foto com implantes agulhados – foto logo após a cirurgia

Resultado final

A fixação zigomática é caracterizada por um implante longo, com comprimento que varia de 30 a 52,5mm, geralmente constituído de material importado de empresas como Nobel-Biocare (Suécia-U.S.A.) ou 3I Implants Innovations(U.S.A.) . Esta dimensão se justifica, pois este implante irá fazer sua ancoragem em região no corpo do zigoma Nesses casos, o implante zigomático poderá ser utilizado associado à implantes convencionais na região anterior a fim de possibilitar a estabilização e suporte, reduzindo as resultantes de forças horizontais quando submetidos a cargas. A principal vantagem é diminuir o tempo e o custo de tratamento, gerar menor trauma cirúrgico,sem a necessidade de enxertos ósseos devolvendo ao paciente suporte labial, um bom posicionamento dos dentes, um restabelecimento estético-funcional em um período médio de 72 horas após a cirúrgia Devemos observar alguns fatores que contra- indicam e ou limitam a realização da técnica, tais com: processos infecciosos e patológicos do seio maxilar que não foram tratados, pacientes com comprometimentos sistêmicos,quadros de ansiedade e desvio de comportamento devem merecer uma abordagem clinica simultânea. Protocolo dos exames inclui necessariamente; exames de diagnostico pré-operatórios, radiografia panorâmica, radiografia póstero-anterior do seio maxilar (Waters), telerradiografia, e prototipagem: pode ser realizada como alternativa para melhor prever a posição da fixação e sua dimensão. Pelo envolvimento cirúrgico e dificuldade técnica é aconselhável o uso de anestésico local , com sedação endovenosa assistida por médico anéstesiologista em local apropriado para a intervenção,para um perfeito planejamento e indicação da fixação zigomática. Deve-se realizar a instalação dos implantes zigomáticos, em seguida finalizado com a colocação de implantes convencionais na região anterior Caso o paciente tenha uma impossibilidade óssea deve ser colocado o maior número de implantes possível. São escolhidos e colocados os intermediários protéticos guiados pela necessidade estética, conveniência de resolução protética e, principalmente pela adequação de área de higienização e conforto fonético para o paciente. O tratamento protético deve ser finalizado em até 72 horas após a cirurgia.

O desenvolvimento da fixação zigomática trouxe novas possibilidades para os profissionais que se dedicam à reabilitação de maxilas atrésicas. Para os pacientes, representou, uma esperança no tratamento do edentulismo,que possuem pouca massa óssea na região maxilar e que por isto,não poderiam receber uma prótese convencional, normalmente quem usa dentadura há mais de dez anos se encaixa nesse perfil, pois há uma reabsorção óssea natural. A fixação zigomática representa mais uma alternativa, talvez a última, para reabilitação estética, mastigatória, funcional e social dos pacientes portadores de severa atrofia alveolar maxilar. o que traz ao cirurgião grande responsabilidade no tratamento. O uso dos implantes Zigomáticos vem se tornando mais comum dentro da implantodontia. É importante ressaltar que a experiência da equipe reabilitadora é fundamental para o sucesso da técnica proposta.

Galeria

Fonte: site da Clínica Jório da Escóssia

INCRUSTAÇÃO

O que significa “incrustação”?

A palavra “incrustação” é derivada do verbo “incrustar” que significa “embutir, inserir ou fixar-se”. Portanto, o termo “incrustação” é utilizado em Odontologia para denominar uma peça que é embutida e fixada em um dente, com a finalidade de reconstruí-lo.

Qual a indicação de uma incrustação?

As incrustações são indicadas nos casos em que as restaurações convencionais não conseguem devolver a forma nem a resistência adequada ao dente que doi lesado por grandes cáries, desgastes, fraturas ou que tenha sofrido tratamento de canal. São utilizadas nos dentes posteriores.

De quais materiais são feitas as incrustações?

As incrustações são feitas geralmente de metal. Atualmente, podem também ser feitas de resina ou porcelana.

Qual a diferença entre restauração e incrutação?

A diferença básica é a maneira como são construídas. A restauração é feita diretamente na boca e fica normalmente pronta numa única consulta; já a incrutação é feita em um laboratório de prótese sobre um modelo do dente do paciente e necessita de mais de uma consulta para ficar pronta.

Quais as vantagens em se fazer uma incrustação metálica?

Todas: adaptação, resistência, conforto, recuperação da capacidade triturante dos dentes e etc. A única desvantagem é a estética.

E as vantagens em se fazer de material da cor do dente?

É o material indicado, considerando o fator estética como fundamental para algumas pessoas. Por ser uma técnica recente, não é ainda totalmente dominada por todos os laboratórios de prótese e por todos os profissionais, contrariamente em relação às incrustações metálicas.

Quantas consultas, em média, serão empregadas para a confecção de uma incrustação?

Em média,são necessárias 4 consultas. A primeira, para preparo do dente e confecção de uma proteção temporária: a segunda para moldar; a terceira, para aprovar a incrustação que vem do laboratório de prótese e a quarta, para a instalação da incrustação terminada.

Como ela se fixa ao dente?

As incrustações metálicas podem ser cimentadas ou coladas e as incrustações de resina ou porcelana (as mais estéticas) são colocadas ao dente usando-se um adesivo apropriado.

Ele pode soltar-se facilmente durante a mastigação?

Não. Sendo o trabalho desenvolvido dentro de critérios adequados, temos um excelente controle sobre a fixação das incrustações sobre os dentes tratados.

Qual a durabilidade de uma incrustação?

Essa pergunta deve ser respondida com outra: qual a durabilidade de um dente natural sem nenhuma cárie? Resposta: o dente permanece perfeito enquanto nenhuma cárie apareça, pois assim que ela aparece, o dentista tem que tratar esse dente. Com as incrustações ou qualquer outro trabalho feito por um dentista, o critério é o mesmo: enquanto o trabalho estiver funcionando e protegendo o dente, ele permanece; caso contrário, ele deve ser removido e trocado por outro que volte a proteger e devolver a função do dente. Assim podemos dizer que, em uma boca bem higienizada, a probabilidade de uma incrustação durar vários anos é bem maior do que em uma boca mal cuidada.

Como existe um material de união entre ela e o dente, pode ocorrer infiltração?

Sim. A união não é perfeita; existe uma pequena fenda, onde o resíduo alimentar pode se instalar e ocorrer a proliferação de germes, que são responsáveis pela cárie e pela conseqüente infiltração. É sempre bom lembrar que, sob a incrustação, está o dente natural, que pode ser novamente atacado pela cárie. Assim, ressaltamos novamente a importância dos cuidados pessoais com a higiene bucal e do controle profissional periódico no exame dos dentes, restauraçoes e gengiva.

Fonte: APCD

MAU HÁLITO

MAU HÁLITO

Todas as pessoas têm mau hálito?

Se considerássemos o hálito desagradável ao acordar, praticamente 100% da população seria portadora de halitose. Por isso, o hálito da manhã é considerado fisiológico. Ele acontece devido à leve hipoglicernia, à redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao aumento da flora bacteriana anaeróbia proteolítica. Quando esses microrganismos atuam sobre restos epiteliais descamados da mucosa bucal e sobre proteínas da própria saliva, geram componentes de cheiro desagradável (metilmercaptana, dimetilsulfeto e principalmente sulfidreto, que tem cheiro de ovo podre). São os compostos sulfurados voláteis, conhecidos abreviadamente por CSV. Após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua (com limpador lingual) e após a primeira refeição (café da manhã), a halitose matinal deve desaparecer. Caso isso não aconteça, podemos considerar que o indivíduo tem mau hálito e que este precisa ser investigado e tratado.

É possível que eu tenha mau hálito e não saiba disso?

Sim. As pessoas que têm um mau hálito constante, por fadiga olfatória, não percebem seu próprio hálito. Somente as pessoas que têm períodos de halitose e períodos de normalidade conseguem percebê-lo.

Como eu posso saber se tenho ou não mau hálito?

A maneira mais simples de identificá-lo é pedir a um familiar ou a um amigo de confiança que faça essa avaliação para você. Caso você identifique o problema ou caso você se sinta constrangido a pedir a alguém que o avalie, pode procurar um dentista para que este possa ajudá-lo no diagnóstico e no tratamento da halitose. Atualmente, e cada vez mais, existem dentistas interessados no assunto, e muitos deles até já dispõem de um aparelho para medir e avaliar seu potencial de halitose.

Então, dá para se medir o hálito?

Sim, atualmente existe à disposição dos profissionais interessados um aparelho chamado Halimeter@, que é capaz de medir compostos sulfurados voláteis e que serve para orientar quanto à gravidade da halitose e quanto à melhora e à cura durante o tratamento. Também é útil para demonstrar claramente para certos pacientes que eles não possuem nenhum cheiro desagradável na boca, quando este é o caso. Certos pacientes halitofóbicos ficam muito apreensivos, com medo de terem halitose e desconhecerem o fato.

Qual a causa do mau hálito?

É muito bom que se diga que os casos de halitose não podem ser explicados por um único mecanismo. Existem casos de halitose tanto por razões fisiológicas (que requerem apenas orientação) como por razões patológicas (que requerem tratamento); por razões locais (feridas cirúrgicas, cárie, doença periodontal etc.) ou sistêmicas (diabetes, uremia, prisão de ventre etc.). Por isso, pode-se concluir que todas as possíveis causas devem ser investigadas e que o tratamento será direcionado de acordo com a causa identificada. No entanto, 96% ou mais dos casos de halitose se devem à presença de saburra lingual e, assim, devem ser tratados.

0 que é saburra?

Saburra é um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, que adere ao dorso da língua em maior proporção na região do terço posterior. A saburra equi vale a uma placa bacteriana lingual, micro em que os principais organismos presentes são do tipo anaeróbios proteolíticos, os quais, conforme foi explicado para a halitose da manhã, produzem componentes de cheiro desagradável no final de seu metabolismo.

Se a saburra é formada microrganismos, o mau hálito é contagioso?

Não. A saburra somente se forma em pessoas com predisposição à sua formação. Por isso, é muito comum observarmos casais em que apenas um dos parceiros apresenta hálito muito desagradável, a ponto de incomodar o outro.

O que predispõe à formação de saburra?

A causa primária da formação de saburra é a leve redução do fluxo salivar, com a presença de uma saliva muito mais rica em mucina (“gosmenta”) e que facilita a aderência de microrganismos e de restos epiteliais e alimentares sobre o dorso da língua. É bom que se diga que existem vários graus de redução do fluxo saliva; quando a redução é severa (de 0 a 0,3 ml/minuto, sob estímulo mecânico), já não encontramos saburra, mas sim, outros tipos de desconforto. A medida do fluxo salivar (sialometria) deve ser feita por um profissional habilitado para isso. Também é importante a avaliação das causas da redução do fluxo salivar para que se possa decidir sobre o tratamento. Uma causa bastante comum é o “stress” constante.

Como se livrar da saburra e do mau hálito?

Existem pelo menos 3 abordagens: 1. Remoção mecânica da saburra por meio de limpadores linguais. Existem vários modelos de limpadores linguais disponíveis no mercado americano; no Brasil, encontramos um limpador lingual muito eficiente (modelo em forma de “V”). 2. Manutenção da superfície lingual o mais oxigenada possível, com o uso de oxidantes. Existem vários oxidantes no mercado que podem ser úteis para esse fim; desde a água oxigenada (usada diluída), o Amosan, até os de última geração (geralmente formulações com um componente antimicrobiano e um oxidante potente). Provavelmente, em pouco tempo, encontraremos no mercado, à disposição apenas dos profissionais, um desses produtos, com o nome de “SaudBucal”. 3. Identificação da causa da redução do fluxo salivar para que se possa estabelecer o tratamento adequado. As duas primeiras abordagens garantem um hálito agradável; porém, exigem a manutenção desses cuidados. A terceira abordagem, uma vez realizada com sucesso, garante resultados mais duradouros, sem a necessidade de manutenção do uso de produtos para o controle de saburra, porque esse procedimento corresponde à eliminação da causa primária.

Como posso melhorar meu mau hálito que acontece só de vez em quando?

Quando o mau hálito não é crônico, mas apenas esporádico, devemos observar uma higiene bucal e lingual adequadas, estimular a salivação de maneira fisiológica (isto é, sem o uso de medicamentos) com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal, ou, mais eficientemente, com uma ameixa japonesa codimentada, conhecida como “umebochi”. Devemos ainda cuidar da alimentação (evitar o excesso de proteína, gordura, condimentos e alimentos de cheiro carregado) e manter uma freqüência de ingestão de água e de alimento (que contenha algum carboidrato) a cada 3 ou 4 horas.

Então, o uso de gomas de mascar melhora o hálito?

Sim. Em primeiro lugar, age como um mascarado do hálito e, em segundo, o que é mais importante, aumenta a salivação.

Tenho gastrite. Acho que é por isso que tenho mau hálito. 0 mau hálito pode vir do estômago?

Não. É muito comum os pacientes pensarem dessa forma incorreta. Também é muito comum pacientes com gastrite terem mau hálito. Vamos explicar melhor esse mecanismo: à medida que a saburra se forma, ela passa a ser um meio propício também à instalação e à proliferação de microrganismos patogênicos cuja porta de entrada é a boca. São exemplos os microrganismos causadores de doenças pulmonares, gastrintestinais e até mesmo de amigdalites e de doenças periodontais. No caso da relação halitose versus gastrite, a redução do fluxo salivar propicia a formação de saburra, a qual permite que o Helicobacterpilor se instale no dorso lingual, prolifere e aumente em número, podendo chegar ao estômago e desencadear a gastrite. Na verdade, a manutenção do fluxo salivar em condições normais não evita apenas a formação de saburra e mau hálito, mas também previne a possibilidade de o paciente se tomar predisposto a gastrite, pneumonia, amigdalite, periodontite etc.

Já consultei vários profissionais sem ter a solução para o meu problema. Halitose tem cura?

Claro que tem cura. As vezes, atingir a cura demada um pouco mais de tempo, mas sempre existe a possibilidade de controle. A maior parte das pessoas crê que qualquer dentista está amplamente informada respeito de mau hálito, o que nem sempre é verdade. O mesmo pode-se dizer em relação aos médicos. 0 atendimento nessa área é diferente do atendimento odontológico de rotina. Atualmente, muitos estão bastante interessados e estão investindo em conhecimentos sobre o assunto. Assim, se o seu dentista não se achar em condições de lhe oferecer um excelente atendimento, com certeza saberá encaminhá-lo para um colega que tenha feito esse tipo de treinamento.

Fonte: APCD

LASER

O que é o laser?

Laser é uma luz com características muito especiais, que lhe conferem propriedades terapêuticas. O laser emite sempre uma luz pura, sem mistura, diferentemente da luz comum, formada de vários comprimentos de onda.

Quais os tipos que existem?

Existem três tipos de laser. Um deles é o laser terapêutico, que usamos em substituição aos medicamentos ou em conjunto com eles. Ele tira a dor, é usado como antiinflamatório e ajuda na cicatrização. Outro tipo de laser é o cirúrgico, que remove tecido, corta, vaporiza. Por isso, pode ser usado em cirurgias, para a remoção de cáries e para a esterilização de lesões. Além desses, existe ainda um laser usado exclusivamente para diagnóstico.

Qual a vantagem do laser terapêutico?

A grande vantagem é que, em vez de o paciente tomar medicamentos, o laser ativa o próprio organismo a produzir certas substâncias que podem, muitas vezes, substituí-los. Por exemplo, se o paciente precisa de cortisona, o laser induz seu organismo a produzir cortisol, então ele não tem de tomar o medicamento, ou pode tomá-lo em doses reduzidas.

Qual a vantagem do laser cirúrgico?

Esse tipo de laser, ao mesmo tempo que corta o tecido, provoca coagulação e fechamento de vasos linfáticos e terminações nervosas. Isso quer dizer que, nessas cirurgias, não há sangramento, há menos edema depois da cirurgia, e os pacientes têm um pós-operatório muito menos doloroso. Possibilita, portanto, a realização de cirurgias de modo menos invasivo e agressivo. Para a remoção de cárie, a vantagem é que os pacientes necessitam de menos anestesia que nos tratamentos convencionais. A grande vantagem, porém, é que, além de remover a cárie, o dentista é capaz de esterilizar esse dente e deixá-lo com uma dureza maior do que a que tinha antes do tratamento.

E o laser para diagnóstico, como funciona e para que serve em Odontologia?

É um laser que opera em uma potência muito baixa, emitindo uma luz visível que vai até o dente, é absorvida na sua superfície e emite uma fluorescência, que pode ser mensurada no painel do aparelho, variando conforme o tipo ou a gravidade da cárie que há no dente. É um método de diagnóstico muito interessante, que desempenha um importante papel na prevenção odontológica. Esse método não “machuca” o dente, ao contrário dos realizados com sondas, que ferem a superfície dental por ocasião do exame clínico, mesmo que ela esteja íntegra.

Existe contra-indicação para os tratamentos com laser?

Pelo contrário, o laser cirúrgico é muito bem indicado para pacientes portadores de discrasias sangüíneas, diabetes e todas as doenças degenerativas, obtendo bastante sucesso no tratamento de pacientes portadores de doenças imunossupressoras. Também não há contra-indicação para o uso em mulheres grávidas ou pacientes com problemas no coração. Uma vez que a cirurgia com laser cirúrgico não sangra, não causa estresse e provoca menos edema no pós-operatório, esses pacientes, que em Odontologia chamamos de “pacientes especiais”, são os principais beneficiados com essa técnica.

Posso substituir todos os meus tratamentos dentários convencionais por tratamentos com laser?

Não. Não se pode dizer que o laser terapêutico e o cirúrgico substituam tecnicamente todos os tratamentos convencionais. Eles têm grandes indicações, porém, como todas as técnicas, têm suas limitações. É importante lembrar que o tratamento com laser algumas vezes substitui tratamentos com técnicas convencionais, mas outras vezes funciona apenas como coadjuvante.

O laser substitui o tratamento com motorzinho?

Infelizmente, não em todos os casos. O uso do laser em dente, ainda que muito efetivo, é limitado. Ainda não se podem fazer preparos extensos, como os de coroas, por exemplo.

Por que o tratamento com laser é caro?

Porque os aparelhos utilizados nesses tratamentos são muito caros. Além disso, o profissional que os utiliza precisa ter uma formação específica na área, o que demanda investimento de sua parte. Todo o conceito de tratamento odontológico com laser passa a ter uma conotação mais sofisticada, o que acaba onerando o tratamento. Por exemplo, para ter esse equipamento no consultório, este precisa estar equipado com determinados dispositivos, precisa haver uma sala apropriada. Tudo isso acaba somando custos, que são repassados para o paciente.

Galeria

Fonte: APCD

« Previous PageNext Page »

Seu Sorriso pode conquistar tudo.